22 de out. de 2010

CAMPANHA MISSIONÁRIA.

A Campanha Missionária é celebrada no mês de outubro, conhecido como mês missionário. No Dia Mundial das Missões, celebrado no penúltimo domingo, é feita a Coleta Missionária, em todas as paróquias, comunidades e capelanias espalhadas pelo mundo. Neste dia, todo católico é motivado a dar sua oferta material para as Missões, já que a responsabilidade por elas é de todos os batizados, conforme afirma Paulo: "anunciar o Evangelho não é para mim título de glória, é obrigação que me foi imposta. Ai de mim, se eu não evangelizar" (1Cor 9, 16). A esta oferta está associada a formação e vivência missionárias, por meio de orações e sacrifícios oferecidos pelas Missões, como também com a entrega pessoal como missionário, por determinado período ou Ad Vitam (por toda a vida).
As necessidades da Igreja Católica em todo o mundo não param de crescer: constituição de novas dioceses; abertura de novos seminários, devido ao crescimento do número de jovens que acolhem o chamado de Cristo a segui-Lo como sacerdotes; regiões destruídas por guerras ou fenômenos naturais e que devem ser reconstruídas; lugares por longo tempo fechados à evangelização, e que agora se abrem para ouvir a mensagem de Cristo e de Sua Igreja... É por isto que a cooperação dos católicos de todo o mundo é tão urgente e necessária.
Cerca de 1.100 dioceses de territórios de Missão - todo o continente africano e asiático, bem como a Oceania, parte da América Latina e alguns países da Europa Oriental - recebem regularmente ajuda financeira anual proveniente das doações dos fiéis. Estas dioceses apresentam à Congregação para a Evangelização dos Povos - Santa Sé - pedidos de ajuda, entre outras necessidades, para catequese, evangelização, seminários, trabalhos das comunidades religiosas, meios de comunicação e transporte, construção de capelas, igrejas, creches, orfanatos, escolas, asilos, ambulatórios médicos etc. Estas necessidades são providas com as doações arrecadadas todo ano.
Elmo Heck - Arquidiocese de Curitiba
Fonte: Revista Missões
Colabore você também!

16 de out. de 2010

16 DE OUTUBRO DE 1978 - HÁ 32 ANOS TEVE INÍCIO O PONTIFICADO DE JOÃO PAULO ll.

16 DE OUTUBRO DE 1988 - 10º ANIVERSÁRIO DO PONTIFICADO DE JOÃO PAULO II

O Papa João Paulo II, nascido Karol Józef Wojtyła, em Wadowice, na Polónia, em 18 de Maio de 1920, foi o Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana de 16 de Outubro de 1978 até a data da sua morte, em 2 de abril de 2005. Sucedeu ao Papa João Paulo I, tornando-se o primeiro papa não italiano em 455 anos (desde o holandês Adriano VI, no século XVI) e o primeiro papa de origem polaca. Teve o terceiro papado mais longo da história do catolicismo, com 26 anos de pontificado. Foi o primeiro papa do terceiro milénio.
Após a morte do Papa Paulo VI, que aconteceu no dia 6 de Agosto de 1978, esteve presente no conclave de 26 de Agosto de 1978, que escolheria Albino Luciani para um dos pontificados mais curtos da história. Trinta e três dias depois de votar no conclave, no dia 28 de Setembro de 1978, o então cardeal de Cracóvia Karol Wojtyła ficou sabendo da triste morte de João Paulo I pelo aviso de seu motorista particular. De volta a Roma, ele foi escolhido Papa em 16 de Outubro de 1978.
Adotou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e rapidamente se colocou do lado da paz e da concórdia internacionais, com intervenções frequentes em defesa dos direitos humanos e das nações.
Foi o Papa mais novo desde Pio IX,  pois foi eleito com 58 anos de idade. No entanto, tornou-se o Papa cuja ação foi mais decisiva no século XX. As suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões. Para muitos, tinha o carisma do Papa João XXIII. Participou de eventos ecumênicos (foi o primeiro a pregar em uma igreja luterana e em uma mesquita e o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém), procedeu a numerosas beatificações e canonizações e escreveu 14 encíclicas.
O NOSSO QUERIDO PAPA JOÃO PAULO II EM CARRO ABERTO, NA PRAÇA DE SÃO PEDRO, EM ROMA, DIAS ANTES DE COMPLETAR O 10º ANIVERSÁRIO DE SEU PONTIFICADO.

7 de out. de 2010

7 DE OUTUBRO - DIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA.

A ORIGEM DO ROSÁRIO
O Rosário nasceu do amor dos cristãos por Maria na época medieval, talvez no tempo das cruzadas à Terra Santa. O objeto da recitação desta oração, o terço, é de origem muito antiga. Os anacoretas orientais usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Nos conventos medievais os irmãos leigos, dispensados da recitação do Saltério pela pouca familiaridade com o latim, completavam as suas práticas de piedade com a recitação dos Pai-Nossos. Para a contagem, são Beda, o Venerável, havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados num barbante. Narram alguns dos biógrafos de são Domingos que a própria Nossa Senhora, aparecendo a ele, indicou-lhe a recitação do Rosário como arma eficaz para debelar os hereges albigenses, da região de Toulouse, na França. Muitas conversões se operaram, e em torno dele foi se juntando um grupo de jovens para receber sua direção e imitar seu exemplo. Esse foi o núcleo inicial do que seria depois a Ordem dos Predicadores ou Dominicanos.
Nasceu assim a devoção do Rosário, que tem o significado de uma grinalda de rosas oferecidas a Nossa Senhora. Os promotores desta devoção foram os dominicanos, que também criaram as confrarias do Rosário. Foi o papa dominicano, são Pio V, o primeiro a encorajar e a recomendar oficialmente a recitação do Rosário, que em breve se tornou a oração popular por excelência, uma espécie de breviário do povo, para ser recitado à noite, em família.
Aquelas Ave-Marias recitadas em família estão animadas de autêntico espírito de oração: "Enquanto se prossegue na doce e monótona cadência das Ave-Marias, o pai ou a mãe de família pensam nas preocupações familiares, no menino que atendem, ou nos problemas provocados pelos filhos mais velhos. Este emaranhado de aspectos da vida familiar sofre então a iluminação dos mistérios salvíficos de Cristo, e é espontâneo confiar tudo à Mãe do milagre de Caná e de toda Redenção" (Schillebeeckx).
A celebração da festividade foi instituída por são Pio V para comemorar a vitória de 1571, em Lepanto, contra a frota turca (inicialmente dizia-se: Santa Maria da Vitória). A festividade do dia 7 de outubro, que naquele ano caía no domingo, foi estendida, em 1716, à Igreja universal e fixada definitivamente por são Pio X em 1913. A festa do Santíssimo Rosário, como era chamada antes da reforma do calendário de 1960, resume, em certo sentido, todas as festas de Nossa Senhora.

4 de out. de 2010

4 DE OUTUBRO - DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.

CRUCIFIXO ATRAVÉS DO QUAL JESUS FALOU A SÃO FRANCISCO
“Francisco, se quiseres fazer a minha vontade, deves renunciar totalmente a ti mesmo; e doravante deves detestar o que até agora tens amado. Por isso só te será cara a humilhação, a abnegação, a pobreza; ao contrário: acharás amargo e insuportável aquilo que outrora te parecia agradável; e o que te incutia medo e estremecimento, te dará grande força e inefável alegria.”
Era a voz de Jesus que se fazia ouvir na solidão da velha igrejinha de São Damião e o convidava a subir a áspera montanha da perfeição.
O jovem quis a todo custo obedecer ao convite de Jesus e, com força suprema, se agarrou à pessoa Dele, subindo de degrau em degrau a escada da perfeição.
E eis ainda a voz do Crucifixo:
“Francisco, vá, repara a minha casa que se está arruinando.”

SÃO FRANCISCO SEGUIU À RISCA A RADICALIDADE DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO.
São Francisco de Assis (1182-1226), viveu apenas 44 anos e, no entanto, deixou em nossos corações uma marca indelével.
Para muitos, Francisco é apenas o santo da ecologia. Autor do hino ao "irmão Sol" e à "irmã Lua" (no video abaixo), conversava com pássaros e lobos, vivia numa cabana silvestre nas cercanias de Assis e nos deixou a expressiva oração que leva o seu nome. Foi dele a idéia de comemorar o Natal em torno do presépio.
Poucos sabem, porém, que Francisco foi o primeiro a questionar, no século 13, o capitalismo nascente, cujo embrião deita raízes no advento dos burgos e das manufaturas que, pela primeira vez, introduziram a produção em série.
Seu pai, o rico Bernardone, proprietário de indústria têxtil, importava da França tinturas para tecidos. Em homenagem à nação que lhe suscitava inveja, deu ao filho o nome de Francesco, "aquele que vem da França ou dos francos". Por um lado, a manufatura de Bernardone barateava o tecido; por outro, provocava o desemprego de milhares de artesãos, engendrando pobreza social.
Ferido após uma batalha, o jovem cavaleiro descobriu a radicalidade do Evangelho de Jesus e decidiu segui-lo à risca. Seu gesto de ruptura com a ordem burguesa, aos 24 anos, ressoou como sinal de contradição: Francisco ficou nu na praça de Assis.
Tal atitude não significou apenas despojamento ante a riqueza da família e da Igreja. Representou também uma ruptura com o pai, pioneiro do capitalismo. Francisco recusava-se a embelezar seu corpo com tecidos que deixavam nus os antigos artesãos da Perúgia, falidos diante do progresso da manufatura. Tornou-se pobre com os pobres, e sua opção evangélica encontrou resposta no coração enamorado de Clara.
Tamanha foi a repercussão do gesto de Francisco que, em vida, atraiu mais de 30 mil seguidores. À sua aproximação, muitas cidades italianas trancavam as portas de suas muralhas, temendo que ele arrastasse os jovens para a sua aventura evangélica. Diante de uma Igreja cujos papas competiam em ostentação com os reis, ele preferiu o caminho de Nazaré. Jamais foi padre e, sob pressão, concedeu apenas em receber o diaconato.
A primeira carta de São João, no Novo Testamento, é incisiva: "Se alguém possui os bens deste mundo e, vendo o seu irmão em necessidade, fecha-lhe o coração, como pode o amor de Deus permanecer nele? Não amemos com palavras nem com a língua, mas com obras e de verdade" (3,17-18).
Fonte: Catolicanet

Doce é Sentir (Irmão Sol, Irmã Lua) - Com Ziza Fernandes.

1 de out. de 2010

SAGRADA ESCRITURA O CAMINHO DA VIDA! A VOCAÇÃO DE SANTA TEREZINHA.

Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada.
Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse o amor, nada disso me adiantaria.
O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado; limitada é também a nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, desaparecerá o que é limitado. (...)
Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. A maior delas, porém, é o amor. (1Cor 13, 1-10, 13)

1º DE OUTUBRO - DIA DE SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS, PADROEIRA DAS MISSÕES.

Lendo o capítulo treze da primeira carta de São Paulo aos coríntios, Tereza de Lisieux descobriu o seu lugar na Igreja e a sua vocação missionária. “Ao refletir sobre o corpo místico da Igreja, eu não me tinha reconhecido em qualquer um dos membros descritos por São Paulo, melhor, desejava ver-me em todos eles. A caridade deu-me a chave para a minha vocação. Compreendi que se a Igreja tem um corpo formado por muitos membros, o mais necessário e o mais nobre de todos não lhe faltava e, então, compreendi que a Igreja tem um coração e que este coração ARDE DE AMOR. Entendi que só o Amor faz os membros da Igreja agirem e, que se o Amor viesse a faltar, os apóstolos não anunciariam o Evangelho e os mártires não derramariam o seu sangue. Compreendi que o AMOR ENCERRA TODAS AS VOCAÇÕES, QUE O AMOR É TUDO, QUE ELE INCLUI TODOS OS TEMPOS E LUGARES... NUMA PALAVRA, QUE É ETERNO! Então, no excesso de minha alegria delirante, gritei: ó Jesus, meu Amor... minha vocação, finalmente a encontrei... A MINHA VOCAÇÃO É O AMOR!”

28 de set. de 2010

ROSÁRIO DOS ANJOS.

29 DE SETEMBRO - DIAS DOS SANTOS ARCANJOS MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL

CONHECI O ROSÁRIO DOS ANJOS NO 1º RETIRO QUE FIZ NA OBRA DOS SANTOS ANJOS, EM GUARATINGUETÁ. NÃO TEM NADA A VER COM ESOTERISMO E TEM APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA.

ROSÁRIO DOS ANJOS
Reza-se o Creio com o seguinte acréscimo:
Ó Deus, creio firme e inabalavelmente na existência, na força e no auxílio dos Vossos servos, os Santos Anjos.
NAS CONTAS MAIORES:
Deus Onipotente e Eterno, concedei-nos o auxílio dos Vossos exércitos celestes para que, por eles, permaneçamos preservados dos ataques do inimigo e pelo Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e a intercessão da Santíssima Virgem Maria, possamos servir-vos em paz.
AS 5 DEZENAS:
1-Santo Anjo da Guarda, vinde depressa, socorrei-nos, em nome da Santíssima Trindade, do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor e da Imaculada Conceição.
2-São Miguel Arcanjo, vinde depressa, socorrei-nos, ...
3-São Gabriel Arcanjo, vinde depressa, socorrei-nos, ...
4-São Rafael Arcanjo, vinde depressa, socorrei-nos, ...
5-Santos Anjos e todos os exércitos celestes, vinde depressa, socorrei-nos, ...
No final de cada dezena reza-se três vezes:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós!
À RAINHA DOS ANJOS
Ó Maria, Rainha dos Anjos, sede vós a minha mãe em cada circunstância da minha vida, o meu Perpétuo Socorro, a Consoladora na escuridão, a luz no meu desamparo, a Mãe de todos!
O vosso manto chama-se obediência, a vossa veste chama-se pureza, a vossa coroa chama-se humildade.
Ensinai-me também tudo isto, para que permaneça valente em todas as provações, para que me porte, digno de aprovação, como irmão do meu Anjo e como filho vosso.
Conduzi-me, junto com o meu Anjo, pelo caminho íngreme que Deus me indica.
Não me deixeis tropeçar, nem desanimar, até que tenha alcançado a meta que Deus me propôs. Amém.
Associação dos Irmãos de Belém
Com aprovação eclesiástica

29 DE SETEMBRO - DIA DOS SANTOS ARCANJOS MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL.

Com alegria, comemoramos a festa dos três Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael no dia 29 de setembro. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra "Arcanjo" significa "Anjo principal". E a palavra "Anjo", por sua vez, significa "mensageiro".

SÃO MIGUEL
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: "Quem como Deus". Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo e, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento, ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. "Houve então uma batalha no Céu: Miguel e seus anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão lutou, juntamente com os seus anjos, mas foi derrotado; e eles perderam seu lugar no Céu" (Apocalipse 12,7-8).
SÃO GABRIEL
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa "Força de Deus" ou "Deus é a minha proteção". É muito conhecido devido à sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou a Encarnação do Verbo de Deus: "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré... O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: 'Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus'..." a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.
SÃO RAFAEL
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome "Deus curou" ou "Medicina de Deus", restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. "Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus" (Tob 5,4).
São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!
Adaptação de texto do site http://www.cancaonova.org/

24 de set. de 2010

VOTAR BEM!!!


Os Bispos Católicos do Regional Sul 1, da CNBB (Estado de São Paulo), no cumprimento de sua missão pastoral, oferecem as seguintes orientações aos seus fiéis para a participação consciente e responsável no processo político-eleitoral deste ano:
O poder político emana do povo. Votar é um exercício importante de cidadania, por isso, não deixe de participar das eleições e de exercer bem este poder. Lembre-se que seu voto contribui para definir a vida política do País e do nosso Estado.
O exercício do poder é um serviço ao povo. Verifique se os candidatos estão comprometidos com as grandes questões que requerem ações decididas dos governantes e legisladores: a superação da pobreza, a promoção de uma economia voltada para a criação de postos de trabalho e melhor distribuição da renda, educação de qualidade para todos, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à vida e defesa do meio ambiente.
Governar é promover o bem comum. Veja se os candidatos e seus partidos estão comprometidos com a justiça e a solidariedade social, a segurança pública, a superação da violência, a justiça no campo, a dignidade da pessoa, os direitos humanos, a cultura da paz e o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até à morte natural. São valores fundamentais irrenunciáveis para o convívio social. Isso também supõe o reconhecimento à legítima posse de bens e à dimensão social da propriedade.
O bom governante governa para todos. Observe se os candidatos representam apenas o interesse de um grupo específico ou se pretendem promover políticas que beneficiem a sociedade como um todo, levando em conta, especialmente, as camadas sociais mais frágeis e necessitadas da atenção do Poder público.
O homem público deve ter idoneidade moral. Dê seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, dignos de confiança, capazes de governar com prudência e equidade e de fazer leis boas e justas para o convívio social.
Voto não é mercadoria. Fique atento à prática da corrupção eleitoral, ao abuso do poder econômico, à compra de votos e ao uso indevido da máquina administrativa na campanha eleitoral. Fatos como esses devem ser denunciados imediatamente, com testemunhas, às autoridades competentes. Questione também se os candidatos estão dispostos a administrar ou legislar de forma transparente, aceitando mecanismos de controle por parte da sociedade. Candidatos com um histórico de corrupção ou má gestão dos recursos públicos não devem receber nosso apoio nas eleições.
Voto consciente não é troca de favores, mas uma escolha livre. Procure conhecer os candidatos, sua história pessoal, suas idéias e as propostas defendidas por eles e os partidos aos quais estão filiados. Vote em candidatos que representem e defendam, depois de eleitos, as convicções que você também defende.
A religião pertence à identidade de um povo. Vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé.
A Família é um patrimônio da humanidade e um bem insubstituível para a pessoa. Ajude a promover, com seu voto, a proteção da família contra todas as ameaças à sua missão e identidade natural. A sociedade que descuida da família destrói as próprias bases.
Votar é importante, mas ainda não é tudo. Acompanhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas e administrativas dos governantes e parlamentares, para cobrar deles a coerência para com as promessas de campanha e apoiar as decisões acertadas.
Dom Nelson Westrupp, scj - Presidente do CONSER
Dom Benedito Beni dos Santos - Vice-Presidente
Dom Airton José dos Santos -Secretário-Geral

16 de set. de 2010

"LECTIO DIVINA".


LEITURA ORANTE DA BÍBLIA.
O Concílio Vaticano II já dizia que “só pela luz da fé e meditação da Palavra de Deus, pode alguém, sempre e por toda a parte, reconhecer Deus, em quem vivemos, nos movemos e somos (At 17,28), procurar em todo o acontecimento a Sua vontade, ver Cristo em todos os homens”.(Vat. II, Apostolicam Actuositatem, 4)
A leitura orante da Bíblia é um instrumento para aprofundar o que Deus quer da minha vida dia após dia. É um exercício que me ajuda, aos poucos, a interiorizar as mesmas atitudes e comportamentos que foram do próprio Jesus, que obedeceu ao Pai até o último momento da sua existência.
O texto a se refletir ou meditar pode ser o Evangelho ou a leitura do dia, ou qualquer outra leitura da Bíblia.
INICIANDO:
Antes de começar a “lectio divina”, devo fazer um momento de silêncio pensando que vou encontrar o Senhor. Peço a Deus perdão pelas minhas ofensas porque a pureza do coração e a humildade são características fundamentais para entrar na leitura do texto bíblico.
Em um segundo momento, coloco-me na presença de Deus, rezo um Pai Nosso tentando olhar-me como Deus me olha. No fim, peço ao Pai o dom do Espírito Santo porque a Bíblia é um livro inspirado por Deus e, portanto, deve ser lido e interpretado com a ajuda do Espírito Santo.
PRIMEIRO PASSO:
A leitura do texto
A leitura consiste em alimentar-se da Palavra. Ela deve ser feita com atenção, com serenidade, sem subestimar o que pode parecer secundário e interpretando corretamente o sentido histórico. É importante ler e reler o texto, tentando compreender o que se acabou de ler, procurando questionar-se sobre o sentido das palavras e prestando atenção sobre o que elas querem nos dizer.
SEGUNDO PASSO:
A meditação
Através da meditação se examina a Palavra, se guarda no coração como fez Maria, que “conservava cuidadosamente todos os acontecimentos e os meditava no seu coração” (Lc 2,19).
O objetivo deste passo é chegar ao conhecimento da verdade que está contida na Palavra. O termo usado por muitos autores aqui é “mastigar e ruminar” o texto bíblico para aprofundar e penetrar nas palavras e mensagens. Atrás de cada palavra está o Senhor que me fala.
Aqui é importante recordar outros passos bíblicos paralelos, a compreender e confrontar o texto com a minha vida ou com experiências do passado, estimular o desejo de saber o que Deus quer de mim...
TERCEIRO PASSO:
A oração
Vou ofertar na oração o que a leitura e a meditação do texto me fizeram conhecer e desejar. Neste momento falo com o Senhor de amigo para amigo sobre aquilo que o Espírito me inspirou.
A oração, portanto, se torna uma entre as possíveis respostas ao apelo do Senhor. É uma reação que segue ao toque que Deus operou no meu coração através da Sua Palavra.
E assim a Palavra de Deus se torna uma Luz para o meu caminho. É algo que orienta os meus passos, o meu viver. Conforme estou vivendo a minha vida, posso pedir neste diálogo com Deus que Ele me oriente, posso pedir-lhe perdão pelas minhas ofensas, louvá-lo e agradecer.
E se estiver pensando no meu futuro, posso aproveitar deste momento para pedir-lhe a Luz necessária para fazer a Sua vontade e encontrar o caminho que Ele desde sempre traçou para mim.

Adaptação do texto do Pe. José Negri


11 de set. de 2010

FÉ EM SI MESMO!


Sei quem sou, sei dos meus limites, sei dos meus valores. Não estou nem acima e nem abaixo  dos outros. Estou perto e ao lado . Eles valem e eu valho muito. Crer no outro significa ver verdade nele.
Em geral a gente crê nos outros. Nossos relacionamentos nos levam a isso. Escolhemos crer em determinadas pessoas. Mas todos precisamos apostar também em nossas capacidades; se não crermos em nós, teremos dificuldade de crer nos outros.
É como o amor. Quem não se ama, acaba não amando os outros.
Os outros são lindos, mas nós também somos!
Autoestima é sentimento bom; se for demais vira vaidade e orgulho; se for de menos vira humildade errada; se for sereno vira virtude que faz a pessoa saber o seu lugar, o seu momento e a sua chance.
Busquemos a autoestima!
Pe. Zezinho, scj
MAS NÃO EXAGEREMOS!!!

5 de set. de 2010

A BÍBLIA E A HUMILDADE!


HUMILDADE PERANTE DEUS!
O verdadeiro cristão coloca em prática o que Jesus ensinou: “Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas” (Mt 11,29).
Este repouso resulta exatamente de uma confiança ilimitada no Mestre divino no qual se deve afogar todas as misérias e deméritos, os quais não são reconhecidos pelo orgulhoso.
O humilde vê sua existência ampliada e nobilitada. Horizontes deslumbrantes se abrem diante dele. Isto porque “Deus resiste aos soberbos, aos humildes, porém, Ele dá sua graça” (Lc 1,51). Lemos no Livro dos Provérbios que “o prêmio da humildade é o temor do Senhor, a riqueza, a honra e a vida” (Pv 22,4).
Está no texto do profeta Miquéias: “Já te foi dito, ó homem, o que convém, o que o Senhor reclama de ti: que pratiques a justiça, que ames a bondade, e que andes com humildade diante do teu Deus”(Mq 6,8).
São Paulo viveu isto em plenitude e pôde asseverar: “Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que me sobrevieram pelas ciladas dos judeus (Atos 20,19). Podia então aconselhar aos Colossenses: “Como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência (Cl 3,12). Davi assim se expressou: “O Senhor é quem ampara aos humildes e o que abate os pecadores até à terra” (Sl 146,6). Afirma ainda o Livro dos Provérbios: “Onde há humildade aí há sabedoria" (Pv 11,2). [...]
“A humildade precede a glória“ (Pv 15,33). Esta virtude é o alicerce da vida espiritual, pois como o princípio de todo pecado é a soberba, assim o fundamento de todas as virtudes é a humildade.
Aliás, São Gregório mostrou que “procurar a virtude sem a humildade é juntar poeira ao sopro do vento”. É que a graça do Espírito Santo sempre busca o coração humilde. Santa Teresa, ouvindo uma vez que seus adversários faziam mau conceito dela e lhe dirigiam palavras ofensivas, disse com um sorriso: «Ó, não me conhecem bem; se soubessem quem realmente eu sou, diriam insultos ainda maiores». A humildade prospera nos corações que bem conhecem sua própria miséria e indigência, persuadidos intimamente de que todo bem procede de Deus.
Os santos cultivaram esta virtude no mais alto grau dado que estavam sempre unidos ao coração humilde de Cristo. A rainha das virtudes lhes pertence em Jesus.
Têm consciência de que toda grandeza que circula no mundo vem de Deus e que só por meio do divino Redentor é que se pode santificar a si mesmo e aos outros.
A alma entregue a Jesus e vivendo em Seu nome é inteiramente humilde. Reconhece seus defeitos, só confia em Deus, a ninguém despreza.
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho - Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
Fonte: Catolicanet

2 de set. de 2010

VAMOS REFLETIR!!!

“É necessário viver a religião, não só representá-la.” (Dom Helder Câmara)


Cenários.

Pe. Fábio de Melo
Composição: Pe. Fábio de Melo, SCJ
Por tanto tempo me enganei,
Em personagens me escondi.
Montei cenários, fui ator,
Fui me tornando um perdedor,
Quando de mim eu me perdi.
Mas de repente eu pude ouvir
A tua voz chamar por mim,
Me convencendo a regressar,
Reassumir o meu lugar,
Reconquistando o que perdi.
Coração acelerado,
Sempre pronto pra mentir,
Na surpresa de um olhar se perde,
E perdido vira presa fácil,
Pra que Deus o leve pela vida
Em seus braços.
Por mais que eu procure noutras praças,
Noutros rastros, direções,
Por mais que eu procure noutros olhos
A coragem pra não desistir,
Somente o amor de Deus me faz
Ser eu mesmo sem precisar mentir.
Só ele me mostra o sempre oculto
Das virtudes que estão em mim.
Que as tramas da farsa se destramem
E que a verdade acenda sua luz.
E se desfaçam todos os cenários,
Não quero a vida pra fazer ensaio.
Quero viver como se fosse hoje
O último dia.
Que se dissolva toda fantasia,
Não quero a máscara da hipocrisia,
E que ao final de tudo o grande aplauso
Seja pra vida.
E que ao final de tudo o grande aplauso
Seja pra vida.

1 de set. de 2010

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA.

A Bíblia é um conjunto de livros que revelam a vida de Deus presente na história dos homens. Na Bíblia encontramos a Palavra de Deus expressa pela palavra dos homens, revelando o projeto de Deus, que transforma a história e a leva em direção à liberdade e à vida plena para todos. É o que nos diz a Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina do Concílio Vaticano II:
“Deus na Sagrada Escritura falou através de homens e de modo humano... As palavras de Deus, expressas por línguas humanas, se fizeram semelhantes à linguagem humana, tal como outrora o Verbo do Pai Eterno, havendo assumido a carne da fraqueza humana, se fez semelhante aos homens” (DV 12.13).

Sagrada Escritura, o caminho da Vida!!!
“Desde a infância você conhece as Sagradas Escrituras; elas têm o poder de lhes comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Jesus Cristo. Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra.” (2Tm 3, 15-17)
Na Sagrada Escritura Escritura se encontra o alimento da fé e a força para o testemunho.
fonte: Bíblia Sagrada Edição Pastoral

30 de ago. de 2010

OS JOVENS E O ENGAJAMENTO.

Um estudo encontrou 5 tipos de pessoas em relação ao engajamento eclesial e social: o bem-engajado, o agenda-cheia, o “em crise”, o “enrolão” e o folha-seca. Na prática, estes tipos não existem em forma pura, mas a descrição abaixo nos ajuda a entende-los melhor.
O bem-engajado é o jovem que tem claro um campo de atuação e investe bem nele. Prepara-se para as tarefas que realiza, é responsável e tem muita garra e ideal.
O agenda-cheia é aquele que assume muitos compromissos ao mesmo tempo, mais até do que sua saúde pode suportar. Muitos são generosos, têm ideal de vida e querem transformar a Igreja e a sociedade. No entanto, não sabem colocar limites na sua generosidade. Falta-lhes bom senso e maturidade para dizer “não” em certas ocasiões. Não reservam tempo para si e sua família. Como se desgastam no engajamento, correm o risco de ficar irritados e irritantes.
O “em crise” é normalmente o jovem bem-engajado ou o agenda-cheia de ontem. Há muitos fatores que levam à crise no compromisso eclesial. Por exemplo: as incoerências da estrutura da Igreja, a presença de padres e animadores de comunidades autoritários ou desequilibrados e as próprias falhas do jovem. Depois da crise vem a bonança, e o jovem volta a navegar pelos mesmos mares ou por outros. A crise é ocasião de amadurecer e reorientar opções.
O “enrolão” é o jovem que simplesmente não tem compromisso pastoral ou social. Está sempre arrumando uma desculpa. Diz que vive muito ocupado, que está cansado, que não está motivado, que os jovens da sua comunidade são muito difíceis... Todos estes fatores podem até ser verdadeiros mas, quando se sente no peito o desejo de evangelizar para ajudar o reino de Deus a acontecer neste mundo, encontra-se um tempo e um espaço para fazer algo.
O folha-seca é o jovem inconstante, que fica ao sabor do vento. Começa a trabalhar em uma pastoral ou em um grupo social mas logo desanima. Então, começa com outro e abandona o primeiro sem terminar o que começou. Dá a impressão de que está em movimento, mas não é produtivo.
Seria interessante que cada um fizesse uma auto-análise, refletindo a respeito dos aspectos citados acima, para concluir quais são as barreiras que o estão impedindo de desenvolver todos os seus talentos para colocá-los a serviço do plano de Deus.

27 de ago. de 2010

VAMOS RIR UM POUCO?

A MORTE DO BURRO.

Um burro morreu bem em frente de uma igreja e, como vários dias depois, o corpo ainda estava lá, o padre resolveu reclamar com o prefeito.
- Prefeito, tem um burro morto na frente da igreja há quase uma semana!
O prefeito, grande adversário político do padre, alfinetou:
- Mas padre, não é o senhor que tem a obrigação de cuidar dos mortos?
- Sim, sou eu! - respondeu o padre, com serenidade e muita paciência. - Mas também é minha obrigação avisar os parentes!

25 de ago. de 2010

DEUS É CAPAZ!

"DEUS É CAPAZ DE TROCAR REINOS POR TI... E SE PRECISO FOSSE, DARIA NOVAMENTE A VIDA POR TI!"
E VOCÊ, O QUE É CAPAZ DE FAZER POR ELE?

23 de ago. de 2010

SAGRADA ESCRITURA, O CAMINHO DA VIDA!!!

"TODOS OS CAMINHOS DA TERRA PODEM SER OCASIÕES DE UM ENCONTRO COM CRISTO!"

“Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens!”

Certo dia, Jesus estava à beira do lago de Genesaré, e a multidão se comprimia a seu redor para ouvir a Palavra de Deus. Ele viu dois barcos à beira do lago; os pescadores tinham descido e lavavam as redes.
Subiu num dos barcos, o de Simão, e pediu que se afastasse um pouco da terra. Sentado, desde o barco, ensinava as multidões.
Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança mais para o fundo, e ali lançai vossas redes para a pesca”.
Simão respondeu: “Mestre, trabalhamos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, pela tua palavra, lançarei as redes”.
Agindo assim, pegaram tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam.
Fizeram sinal aos companheiros do outro barco, para que viessem ajudá-los. Eles vieram e encheram os dois barcos a ponto de quase afundarem.
Vendo isso, Simão Pedro caiu de joelhos diante de Jesus, dizendo: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador!”
Ele e todos os que estavam com ele ficaram espantados com a quantidade de peixes que tinham pescado.
O mesmo ocorreu a Tiago e João, filhos de Zebedeu e sócios de Simão. Jesus disse a Simão: “Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens!”
Eles levaram os barcos para a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus.
(Lc 5, 1-11)

PARA REFLETIR:
"Viemos dizer com São Pedro, com a humildade de quem se sabe pecador e pouca coisa — homo peccator sum (Lc 5, 8), mas com a fé de quem se deixa guiar pela mão de Deus, que a santidade não é coisa para privilegiados, que a todos nos chama o Senhor, que de todos espera Amor; de todos, estejam onde estiverem; de todos, qualquer que seja o seu estado, a sua profissão ou o seu ofício, porque essa vida corrente, comum, sem aparência, pode ser meio de santidade. Não é necessário abandonar o próprio estado no mundo para buscar a Deus se o Senhor não dá a uma alma a vocação religiosa, uma vez que todos os caminhos da terra podem ser ocasiões de um encontro com Cristo.”
São Josemaria Escrivá

15 de ago. de 2010

FINAL DE SEMANA MUITO ABENÇOADO!

A FAMILIA SALESIANA REUNIU-SE EM UMA PEREGRINAÇÃO AO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA APARECIDA NO  DIA 14/08/2010, PARA MANIFESTAR, FRATERNALMENTE, A GRANDE DEVOÇÃO À PADROEIRA DO BRASIL.

FOTOS DA ROMARIA SALESIANA A APARECIDA.




13 de ago. de 2010

DOM BOSCO - SEMENTES DO AMOR!

A HISTÓRIA E O LEGADO DO FUNDADOR DA CONGREGAÇÃO SALESIANA.


16 DE AGOSTO - DIA DO NASCIMENTO DE DOM BOSCO.
Há comunidades salesianas em mais de cem países nos cinco continentes. É sempre bom recordar as origens dessa imensa rede de pessoas a serviço do próximo e as do seu fundador.
Tudo começou numa vila denominada Becchi, perto de Turim, onde João Melchior Bosco veio ao mundo, em 16 de agosto de 1815. Tempos difíceis, uma Itália dividida pelas guerras e marcada pela fome. Dom Bosco tinha apenas 5 anos de idade, quando pensou que estava no mundo unicamente para reunir jovens e ensiná-los o catecismo. Mais tarde, aos 9 anos, um sonho lhe revelou um pouco da grandeza de sua missão. Ensinar os jovens, "não com pancadas, mas com mansidão e caridade", foi o que o misterioso personagem do sonho recomendou ao ver o pequeno João rebater blasfêmias de jovens com palavras e socos. A sugestão, levada a cabo por Dom Bosco incansavelmente durante a sua trajetória, é a essência da pedagogia salesiana, baseada no "amor, razão e religião". Esse trinômio foi desenvolvido por Dom Bosco na sua criação mais original, o Sistema Preventivo. Nele, São João Bosco define o amor no processo educativo como a grande motivação do educador. "Ele não ama para educar, educa porque ama".
A primeira conquista do visionário santo foi o Oratório de Valdocco, em 1846. A juventude abandonada de Turim acabava de ganhar um ambiente alegre e acolhedor. Ali, Dom Bosco usava diversos recursos inovadores para aproximar os jovens da Palavra de Deus. Não por acaso, também é lembrado como Padroeiro dos Mágicos Ilusionistas. Ele era hábil na arte circense.
Em 1859 nascia a Sociedade Salesiana, nomeada assim em homenagem a seu patrono, São Francisco de Sales, o santo preferido de Dom Bosco, modelo de bondade e caridade para os salesianos. A partir daí, Dom Bosco veria o começo da expansão pelo mundo da obra que fundou.
No dia 15 de maio de 1887, ele rezou uma missa com duração aproximada de três horas. Contam os historiadores que sua vida correu-lhe pela mente como um filme, levando-o a emoção plena ao lembrar das palavras de Nossa Senhora, ouvidas no célebre sonho, aos 9 anos: "A seu tempo você tudo compreenderá".
O legado de Dom Bosco vive em nossas salas de aula, no material didático, no carinho dos educadores e conquistas dos bons cristãos e honestos cidadãos que passam ou já passaram por alguma casa salesiana.
Conforme a legítima espiritualidade cristã, comemoremos o dia 31 de janeiro com bastante festa. Nesse dia Dom Bosco partiu ao encontro do Pai, na eternidade, incumbindo-nos a responsabilidade de cuidar para que as sementes deixadas nesta terra perdurem e se multipliquem.
Que a memória de Dom Bosco seja sempre uma inspiração para todos nós.
Fonte : Salesianos do Brasil

6 de ago. de 2010

“HONRAR PAI E MÃE”

RESGATEMOS OS VALORES DA FAMILIA E TENHAMOS SEMPRE COMO EXEMPLO A SAGRADA FAMILIA DE NAZARÉ. NÃO DEMOS OUVIDOS ÀS MENTIRAS QUE A MIDIA NOS CONTA MIL VEZES, TENTANDO TRANSFORMA-LAS EM VERDADES. FILTREMOS OS NOSSOS PENSAMENTOS NOS ENSINAMENTOS DE JESUS, POIS ELE DISSE: - EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA.
EM HOMENAGEM A TODOS OS PAIS, E EM ESPECIAL EM HOMENAGEM AO MEU PAI E TAMBÉM À MINHA MÃE, SEGUE ABAIXO UM TEXTO QUE NOS INCENTIVA A VIVER O AMOR A PARTIR DO RELACIONAMENTO ENTRE FILHOS E PAIS.

"HONRAR PAI E MÃE." 
"A grande e honrosa tarefa que Deus reservou para os pais é a de gerar e educar os seus filhos. Digo "seus", porque, antes dos filhos serem nossos, eles são de Deus (cf. CIC, 2222), já que só Deus pode dar de fato a vida. Nós somos seus cooperadores nesta tarefa sublime, mas sabemos que só Ele pode nos "tirar do nada" e chamar para participar, como disse Paulo VI, do "banquete da vida".
(...) Os pais são cooperadores de Deus na maior de todas as missões, gerar os filhos de Deus, à sua imagem e semelhança. Nada pode se igualar à sublimidade desta obra. Se é importante e digno produzir os bens que utilizamos: casas, roupas, móveis, alimentos, etc, quanto mais digno e nobre é dar a vida a novos seres? Uma só vida humana vale mais do que todo o universo material, pois nada disso tem uma alma imortal, imagem e semelhança do próprio Deus, dotada de inteligência, liberdade, vontade, consciência e capacidade de amar, sonhar, sorrir, chorar, cantar e rezar. Infelizmente o valor da vida humana parece ter baixado a um nível inimaginável. Mata-se em nossas ruas com a mesma frieza com que se abatem os animais nos matadouros. Mata-se por um punhado de dinheiro, por um relógio, um tênis ou uma bicicleta... Aquele que não conhece o valor da sua vida, também não dá valor à vida dos outros; e a elimina por qualquer ninharia. (...) A que ponto desceu o valor da vida humana! Por outro lado, vemos hoje, crescer até o incentivo ao suicídio, à eutanásia, e ao aborto. É a "cultura da morte" que tende a substituir a "cultura da vida", como tantas vezes tem dito o Papa João Paulo II. Diante desse quadro triste, cresce ainda mais a importância da família e dos pais. É impressionante notar como Deus exalta a figura dos pais, em face da sua missão importantíssima de gerar e educar os filhos. O destaque aos pais começa pelo fato de um dos Mandamentos, o quarto, ser dedicado a eles: "Honrar pai e mãe". São Paulo nota que "este é o primeiro mandamento que vem acompanhado de uma promessa: Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas vida longa sobre a terra" (Dt 5,16; Ef 6,2). (...) Fazendo eco a essas palavras o Papa João Paulo II, diz na Carta às Famílias: "Honra o teu pai e a tua mãe", porque eles são para ti, em determinado sentido, os representantes do Senhor, aqueles que te deram a vida, que te introduziram na existência: numa estirpe, numa nação, numa cultura. Depois de Deus são eles os teus primeiros benfeitores. (...) Honrar quer dizer reconhecer a dignidade do pai e da mãe, e desinteressadamente amá-los. (...)
Todo o capítulo 3 do Livro do Eclesiástico mostra a importância dos pais na vida dos filhos, a importância da autoridade que Deus lhes confiou ... "Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos" (Eclo 3,2). Aqui fica claro que os pais são colocados na vida dos filhos para conduzi-los à salvação mediante os conselhos, isto é, a orientação para a vida. O filho que desprezar esses conselhos corre o risco de se perder nos caminhos perigosos da vida. Muitos jovens se tornaram escravos dos vícios, da droga, do crime, da prostituição, e de tantos outros males, porque não ouviram os conselhos dos seus pais. Outros se perderam porque os seus pais não lhes deram esses conselhos, o que é mais grave; e outros se perderam porque não tiveram pais para aconselhá-los. (...) "Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração" (v. 5 e 6). Quem de nós não deseja encontrar alegria em seus filhos? Quem não deseja ser atendido por Deus em sua oração ? Pois bem, essas são promessas que Deus faz aos filhos que honrarem os seus pais. Vemos aí a que altura Deus elevou a figura do pai e da mãe. Honrar a mãe é como acumular um tesouro. E as promessas continuam: "Quem honra seu pai gozará de vida longa... (v.7). Esta "vida longa", que para os judeus era sinal da bênção de Deus, pode significar também uma vida abençoada por Deus. (...) O Eclesiástico nos ensina de que modo o filho deve honrar os pais: "Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência a fim de que ele te dê a sua bênção" (v.9 e 10). Honrar é uma expressão muito forte, quer dizer "encher de honra", de glória, de respeito ... e tudo isto deve ser feito "por teus atos e tuas palavras". Quantos filhos ofendem os seus pais por palavras: ofensas, zombarias, palavrões!... Quantos filhos os desonram com os seus atos: maus comportamentos, mentiras, desobediências, desgostos!... Certa vez ouvi um pai, desesperado com as desordens provocadas pelos filhos, dizer: "meus filhos pensam que eu sou papel higiênico deles, só me chamam para limpar as suas sujeiras..." É sobretudo com uma vida digna e honrada que o filho honra os seus pais. Outro aspecto muito importante que o Eclesiástico destaca é a grandeza e importância da "benção dos pais": "... afim de que ele te dê a sua benção e que esta permaneça em ti até o teu último dia " (V. 9 e10). A benção dos pais para os filhos não é mera formalidade social ou tradicional; mas é a benção do próprio Deus para os filhos "através" dos pais, por meio daqueles que lhe deram a vida. (...) Urge portanto resgatar este santo costume: "A benção pai! A benção mãe!" "Deus te abençoe meu filho!" (...) Tenho para comigo que muitos filhos seriam livres de tantos perigos, no corpo e na alma, se sempre pedissem a benção de seus pais. Diz o Eclesiástico que: "A benção do pai fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces" (v.11). (...) Mais adiante o livro do Eclesiástico diz : "Meu filho, ajuda a velhice do teu pai, não o desgoste durante a vida" (v. 14). O cuidado com os pais deve ser esmerado, sobretudo na velhice. Muitos filhos, na correria da vida, acabam se esquecendo dos pais idosos, faltando-lhes o carinho, a companhia e o sustento. Sabemos que é incômodo cuidar dos velhos, doentes, às vezes ranzinzas. Mas é nesta hora, sobretudo, que se prova o amor dos filhos por eles. "Se seu espírito desfalecer sê indulgente, não o desprezes porque te sentes forte, pois tua caridade para com o teu pai não será esquecida" (v. 15). Se a nossa caridade para com os outros irmãos não é esquecida por Deus, quanto mais a caridade para com os pais! O Espírito Santo nos mostra pelo Eclesiástico três grandes recompensas que Deus tem reservado para os filhos que suportam com paciência os defeitos dos pais: "... por teres suportado os defeitos de tua mãe, ser-te-á dada uma recompensa:
[1] tua casa tornar-se-á próspera na justiça,
[2] lembrar-se-ão de ti no dia da aflição.
[3] teus pecados dissolver-se-ão como o gelo ao sol forte" (v. 16 e 17).
Eis uma realidade: os pais também têm defeitos. Mas Deus quer recompensar ricamente o filho que, com paciência, suporta esses defeitos e, assim mesmo, honra os pais. Se esses são difíceis, intolerantes, cheios de manias, maior será o mérito do filho diante de Deus, por ter honrado um pai ou uma mãe tão difícil. Deus sabe que há pais terríveis: alguns bêbados, outros drogados, outros criminosos, adúlteros, etc... mas, é por isso mesmo que ele oferece aos filhos essas três belas recompensas acima para aqueles que, na caridade e na paciência, por amor a Deus, os suportarem, mesmo com os seus defeitos. Qual é o filho que não quer que a sua futura casa seja próspera na justiça; isto é, na retidão e na verdade? Quem é de nós que não quer que alguém se lembre de nós nos momentos de aflição, de angústia, de uma doença, de um desemprego, etc.? Quem é de nós que não quer ver os próprios pecados se dissolverem como se fossem gelo sob o sol forte? Pois bem, essas três belas promessas Deus faz aos filhos que souberem "suportar", com paciência, os defeitos dos próprios pais. Como Deus ama os nossos pais! Tenho trabalhado com jovens; e sei que muitos sofrem por causa dos problemas dos pais. No entanto, por amor a Deus, na força do Espírito Santo, tenho visto muitos jovens superarem os ressentimentos causados pelos pais; muitos até têm contribuído decididamente para a conversão dos pais e a mudança de suas vidas. Quanto mais difícil for para um jovem amar e honrar os seus pais, por causa dos seus defeitos, tanto mais terá méritos diante de Deus e tanto mais será recompensado e abençoado. Estas três promessas para o filho que "suportar" os defeitos dos pais, são grandiosas. Certamente Deus enviará o seu Anjo a socorrê-lo nos momentos de dificuldades. E quem não precisa deste socorro do céu, na caminhada deste vale de lágrimas? Se o teu pai não lhe der amor "vingue-se" dele, amando-o; fazendo por ele o que talvez os teus avós não puderam fazer. A "vingança do cristão é o perdão". Se de um lado, podemos dizer que chega ao heroísmo o filho que honra o pai, indigno deste nome, por outro lado, Deus o recompensará sobremaneira. (...) O Catecismo da Igreja nos ensina que "a paternidade divina é a fonte da paternidade humana"(CIC, 2214), e que aí está o "fundamento da honra devida aos pais". Os filhos devem aos pais o "dom da vida". "Honra teu pai de todo o coração e não esqueças as dores da tua mãe. Lembra-te que foste gerado por ela. O que lhes dará pelo que te deram? (Eclo 7,27-28). É impressionante como a Bíblia está repleta de palavras que destacam a importância dos pais na vida dos filhos: "Meu filho, guarda os preceitos de teu pai, não rejeites as instruções de tua mãe... Quando caminhares, te guiarão; quando descansares, te falarão" (Pr 6,20-22). "Um filho sábio escuta a disciplina do pai, e o zombador não escuta a reprimenda" (Pr 13,1). Temos que dizer aqui, que lamentavelmente certos pais dão conselhos imorais a seus filhos. Neste caso, diz o Catecismo, "se o filho estiver convicto em consciência de que é moralmente mau obedecer a tal ordem, que não o siga" (CIC, 2217). Infelizmente alguns pais conduzem os filhos pelos caminhos da imoralidade, prostituição, trapaças nos negócios, etc. O filho convertido ao Senhor terá então a missão de rezar e trabalhar para conduzir o seu pai a Deus. Um filho convertido pode até se tornar um pai espiritual do próprio pai terreno. Quero agora, perguntar a cada jovem: Na sua casa, você é um problema a mais, ou você é solução para os problemas da família? Será que você é daqueles jovens que fazem da sua casa uma pensão, um hotel, onde só entram para comer e dormir? Será que você é daqueles que fazem a mãe de escrava e empregada, e do seu pai alguém que deve te dar tudo? Você não está entre aqueles que têm vergonha do pai, porque ele já não tem dentes, ou porque não sabe falar direito? Você sabe perdoar o seu pai e sua mãe? Você tem para eles uma palavra de conforto, carinho, boa vontade? Você sabe beijá-los? Você pede-lhes a benção? Você reza por eles? Você sabia que muitas vezes eles choram por causa de você, no silêncio do quarto!?..."
Do livro " FAMÍLIA, SANTUÁRIO DA VIDA" - Prof. Felipe Aquino

1 de ago. de 2010

PADRES, OS NOSSOS IRMÃOS MAIS PRÓXIMOS!

DIA 4 DE AGOSTO, DIA DE SÃO JOÃO MARIA VIANNEY E O DIA DO PADRE.
SENDO FILHOS DO MESMO PAI, O SENHOR NOSSO DEUS, SOMOS TODOS IRMÃOS EM CRISTO. E, RECONHECENDO OS PADRES COMO OS REPRESENTANTES DE JESUS NO NOSSO MEIO, SINTO QUE, DENTRE TODOS OS IRMÃOS, OS PADRES SÃO OS NOSSOS IRMÃOS MAIS PRÓXIMOS!
SEGUE ABAIXO UM TEXTO DE UM PADRE SALESIANO, EM HOMENAGEM A TODOS OS PADRES, MAS EM ESPECIAL AOS MEUS AMIGOS PADRES.

Carta de um padre.
"Uma arvore que cai, faz mais barulho que uma floresta que cresce".
Segue a carta do padre salesiano uruguaio Martín Lasarte, que trabalha em Angola, endereçada ao jornal norte-americano The New York Times. Nela expressa seus sentimentos diante da onda midiática despertada pelos abusos sexuais de alguns sacerdotes enquanto surpreende o desinteresse que o trabalho de milhares de religiosos suscita nos meios de comunicação.
Eis a carta:
"Querido irmão e irmã jornalista: sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.
Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo. Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes...
Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.
É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo!
Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico (Angola) com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...
Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino.
Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.
Tampouco que Frei Maiato, com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.
Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos... ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.
Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, e cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos.
Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve. A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.
Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos. Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...
Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido.
Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.
Em Cristo,
Pe. Martín Lasarte, SDB."

20 de jul. de 2010

2010 - ANO SANTO COMPOSTELANO.


História do Ano Santo.

De acordo com o presidente da Associação Amigos do Caminho de Santiago de Compostela, Danilo Tiisel, para compreender a origem e a importância do Ano Santo, comemorado este ano, é preciso conhecer o contexto histórico e religioso dentro do qual foi instituído. "No ambiente cultural e social da Idade Média européia, sob a onipresente influência da Igreja, a consciência do pecado e a necessidade de se liberar de culpas eram sentimentos mais concretos e importantes para a população do que são hoje em dia", diz.
O Ano Santo Romano ocorre a cada 50 anos. Já o Ano Santo Compostelano, em intervalos variáveis (geralmente 5, 6 ou 11 anos). Os dois coincidiram pela última vez em 1700 e a próxima, só em 2100
Na época medieval, a Igreja concedia indulgências, isto é, o perdão dos pecados, em algumas situações. Recebiam o perdão, por exemplo, os fiéis que participavam das Cruzadas e os que ajudavam a construir um templo religioso. Também eram absolvidos os pecados das pessoas que peregrinavam a um santuário (a pé ou a cavalo) para cultuar as relíquias de um santo. Entretanto, havia algumas bulas papais que permitiam a pessoas de classes mais altas enviar alguém para peregrinar em seu lugar. Obtinham, dessa forma, perdão por procuração, sem realizar a caminhada.
O papa Calixto II elevou a cidade de Santiago de Compostela à dignidade metropolitana (sede de um arcebispado) e, em 1119, concedeu à Catedral de Santiago o privilégio do Jubileu Pleníssimo ou Ano Jubilar, mais conhecido como Ano Santo. Calixto II tinha importantes vínculos com a Espanha: era cunhado de dona Urraca, influente e poderosa rainha de León e Castela. Ela era filha do rei Afonso VI e mãe do rei Afonso VII, dois monarcas que apoiaram muito as peregrinações a Compostela.
Além de conceder o Jubileu, o papa declarou a Peregrinação Compostelana como uma das chamadas peregrinações maiores, com as de Roma e Jerusalém (cujos peregrinos eram chamados, respectivamente, de romeiros e palmeiros). O primeiro Ano Santo, no qual foi concedido o perdão aos peregrinos de Compostela, foi o de 1126.
O papa Alexandre III, em 1179, decretou perpétuo o Jubileu de Santiago de Compostela. O objetivo foi prestigiar o santuário e proporcionar aos fiéis um meio de obter perdão. Em 1332, o papa João XXII, em Avignon, editou uma bula concedendo indulgência também às pessoas que ajudassem os peregrinos com hospedagem ou esmolas.
É considerado Ano Santo Compostelano todo aquele em que 25 de julho, dia do martírio de São Tiago, cair em um domingo. Além desses, em ocasiões especiais, pode ser declarado um Ano Santo Compostelano extra, como ocorreu, por exemplo, em 1885 e 1938.
O Ano Santo Compostelano, portanto, não só é mais freqüente como é mais antigo que o conhecido Ano Santo Romano, decretado pela primeira vez em 1300. Tradicionalmente, no Ano Santo Romano ficam suspensas as outras indulgências não ligadas diretamente a Roma. Porém, por sua importância, a única indulgência que jamais é suspensa é aquela relacionada à peregrinação a Santiago de Compostela.

6 de jul. de 2010

O PAI DE TODOS NÓS!


Ousamos dizer "Pai Nosso"!
Isso, ao mesmo tempo que é uma alegria, é uma imensa responsabilidade.
Jesus nos revela que Deus é Pai de todos e por isso é nosso Pai. Sua paternidade se estende igualmente a todas as criaturas, sem exceção. Em Jesus Cristo também somos irmãos e irmãs reciprocamente. Quem crê em Deus reconhece e valoriza os outros na sua dignidade de criaturas de Deus. Quem diz a Deus "PAI" tem que dizer ao outro "IRMÃO", "IRMÃ". Formamos todos e todas a grande família de Deus, onde o amor é o princípio, a lei, o dom que salva e alegra a vida.

O seu Reino é invocado, “Venha a nós o teu Reino”, e corresponde aos anseios mais profundos do coração humano. É para todos, mas destina-se preferencialmente aos excluídos, pobres, pecadores e a todos os que sofrem e são oprimidos, porque como em toda a família onde reina o amor, os mais frágeis sempre são alvo de maior atenção, cuidados e carinho. O Reino se realiza na vida de cada pessoa, nas relações interpessoais e na sociedade como um todo, na sua estrutura e organização, e na salvaguarda da natureza, criada para a glória do Senhor.
Para que o Reinado de Deus se manifeste na nossa vida, pedimos a vida plena para todos, simbolizada no “pão nosso de cada dia”. O pão que é nosso porque é de todos, deve ser partilhado solidariamente com todos os irmãos e irmãs. O pão que deve ser provido com generosidade também para os milhares de pessoas que são martirizadas pela fome, neste mundo de fartura e desperdício.
O perdão generoso de Deus e o nosso perdão resgatam a dignidade humana ofendida e humilhada. Não há verdadeira paz sem a dinâmica da reconciliação. Pedimos, portanto, a reconciliação com Deus e com os outros, colocando a nós mesmos como medida de perdão, ou seja, perdoando cordialmente o irmão e a irmã que estão em débito conosco e recebendo o perdão daqueles a quem ofendemos. Sem este perdão mútuo temos barreiras muito grandes para vivermos a verdadeira fraternidade.
Imploramos, enfim, a ajuda divina para não cairmos na tentação e nem consentir no mal. Suplicamos a força divina e dos irmãos(ãs) para sermos libertados do mal e de todas as suas conseqüências, muito concretizadas no nosso dia a dia, particularmente na corrupção, na injustiça social e em todas as formas de escravidão.
É importante também perceber que nossa dignidade humana está ligada à valorização que merece toda a criação. Na origem, a dignidade era um atributo dos poderosos, aos quais os que estão a eles submetidos deviam todo o respeito e mesmo a submissão. A isso se acrescentou, aos poucos, a escravização dos mais fracos, e também da natureza, aos caprichos dos poderosos e às exigências do lucro. No conceito cristão, porém, a dignidade humana decorre de uma ótica de fé, isto é, do lugar central e eminente em que Deus nos colocou na criação, não em função de nosso orgulho, mas com a missão de cultivar, guardar, promover a maravilhosa obra do Senhor. É também na nossa relação com a natureza que mostramos a nossa dignidade. Como filhos e filhas de Deus e cidadãos(ãs) do universo somos chamados a valorizar e a cuidar bem de tudo o que Deus cria. A natureza é o espaço onde nossa vida se desenvolve com dignidade. Ela deve ser conservada íntegra para que todas as gerações vivam num ambiente sadio. Hoje é cada vez mais clara a consciência de que a voracidade humana está destruindo a natureza e que sem uma retomada urgente do carinho humano para com a terra, nem ela e nem nós poderemos ter futuro.
fonte: CNBB