“A CABANA” – Willian P. Young
“Princesa? Cachoeira? Espere um minuto! Papai ficou olhando enquanto as peças se encaixavam.
- Obviamente você conhece o fascínio da minha filha por cachoeiras e pela lenda da princesa Multnomah. - Papai assentiu. - É disso que se trata? Ela teve de morrer para que você me mudasse?
- Espere aí, Mack. - Papai se inclinou. - Não é assim que eu faço as coisas.
- Mas ela adorava tanto aquela história!
- Claro que sim. Por isso ela foi capaz de entender o que Jesus fez por ela e por toda a raça humana. As histórias sobre uma pessoa disposta a trocar sua vida pela de outra são um fio de ouro em seu mundo e revelam tanto suas necessidades quanto o meu coração.
- Mas se ela não tivesse morrido eu não estaria aqui agora...
- Mack, eu crio um bem incrível a partir de tragédias indescritíveis, mas isso não significa que as orquestre. Nunca pense que o fato de eu usar algo para um bem maior significa que eu o provoquei ou que preciso dele para realizar meus propósitos. Essa crença só vai levá-lo a idéias falsas a meu respeito. A graça não depende da existência do sofrimento, mas onde há sofrimento você encontrará a graça de inúmeras maneiras.
- Na verdade, isso é um alívio. Eu não suportaria pensar que minha dor poderia ter cortado a vida dela.
- Ela não foi seu sacrifício, Mack. Ela é e sempre será sua alegria. Este é um propósito suficiente para Missy.
Mack se recostou de novo na cadeira, examinando a vista da varanda.”
Papai: representação de Deus.
Mack: pai de Missy, garotinha que foi seqüestrada e assassinada.
UM POUCO MAIS SOBRE O LIVRO: http://soldadodapaz-mas.blogspot.com/
PARA REFLETIR:
Deste trecho do capítulo 13 do livro “A Cabana”, de Willian P. Young, podemos tirar um grande ensinamento. Quantas vezes nos queixamos a Deus pelas dificuldades que enfrentamos em nossas vidas e pelos sofrimentos que acabamos tendo de passar sem que tenhamos culpa alguma? – Porque eu, porque comigo, porque com a minha família? – é a pergunta que toma conta do pensamento. É a nossa revolta que toma conta do nosso ser e não deixa espaço para que o Amor de Deus aja em nossos corações para nos confortar e nos resgatar. Então, depois de passada a tempestade, vem a bonança, como diz o ditado. Mas, até alcançar a tão sonhada bonança, prostramo-nos diante do Senhor e nos entregamos à ação do Seu Amor, ou nos envenenamos com sentimentos de revolta? Tudo nessa vida passa, só não passa o Amor de Deus por nós. Fechar o coração com sentimentos de indignação, além de não resolver nada, dificulta a ação do Amor de Deus em nós. Deus nos oferece todo o seu Amor, mas é preciso que nós O aceitemos de coração aberto.
“A graça não depende da existência do sofrimento, mas onde há sofrimento você encontrará a graça de inúmeras maneiras. Eu crio um bem incrível a partir de tragédias indescritíveis, mas isso não significa que as orquestre. Nunca pense que o fato de eu usar algo para um bem maior significa que eu o provoquei ou que preciso dele para realizar meus propósitos.”
Eu mesmo sou testemunha disso tudo que acabo de dizer e citar. Passei por uma fase em minha vida, entre 2008 e 2009, em que eu me sentia seqüestrado de mim mesmo. Sentia-me como se estivesse vivendo uma vida que não era a minha. Comparo essa fase da minha vida a um filme de suspense. O estresse foi muito grande, pois em muitos momentos eu me senti como um cordeiro no meio de lobos, e lobos em briga. Não foi nada fácil superar aquela fase, mas meu suporte foi a Eucaristia diária e a Adoração ao Santíssimo Sacramento. Antes disso eu não participava da Santa Missa todos os dias, apenas aos domingos. Agora, meu dia não é completo se não recebo a Santa Eucaristia. Eu não era mais tão atuante na Igreja como na época da Pastoral da Juventude e da Pastoral da Comunicação, mas confesso que sentia muita falta disso tudo. Pois então, se eu não tivesse me entregado à ação do Amor de Deus naquele momento tão difícil, eu não poderia dizer hoje que “o Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor”! E como fez!!! “O Seu Nome é Santo, e Sua Misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que O temem”! Hoje, graças a Deus, estou ótimo, feliz, em paz! E essa é a paz verdadeira, que não depende dos acontecimentos, pois só a encontra quem se abandona nos braços do Senhor. Vivi esta experiência na Capela da Divina Misericórdia, que foi a minha “Cabana”. Jesus espera por você também! Encontre a sua “Cabana”! Só Ele resgata! Só Ele devolve a vida!
Marcio Tadeu Cardoso
Mãe diz: "Que você mostre o caminho da cabana pra todas as pessoas que se sentirem uma ovelha sem pastor. E que diante de Jesus sacramentado ela possa também conhecer o verdadeiro sentido da vida a verdadeira liberdade que só nos dá Aquele que é Santo e cuja o seu trono está no mais alto do Céu mas se fez tão pequeno pra que pudéssemos ter acesso a Ele viva o verdadeiro sentido da vida e eu rezo por você todos os dias meu querido filho"
ResponderExcluirMaria augusta*
Esse livro é fascinante... eu me emocionei, refleti e até ri em alguns momentos. Uma das passagens que não me esqueço é quando Deus o coloca para julgar o assassino e ele achou isso demais... como assim demais se fazemos isso o tempo todo no nosso dia a dia... e tbm a passagem que eles estão na praia e tem que ir até o barco (algo assim), e o pai da garota sai na frente e molha os pés, achando que iria andar sob as águas já que estava com Jesus... Jesus riu e disse que seria mais fácil se Ele estiver junto.
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