25 de jun. de 2010

JESUS, FAZEI O NOSSO CORAÇÃO SEMELHANTE AO VOSSO!

VOCÊ SABE PERDOAR DE VERDADE?
Terminamos o mês de junho, em que se celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus. Certamente, em muitos momentos de oração com a comunidade, pedimos a Jesus: - Fazei o nosso coração semelhante ao Vosso! Será que essa invocação foi consciente? Quando fazemos esse pedido a Jesus, temos a exata dimensão da responsabilidade que estamos assumindo?
Quem realmente já experimentou a maravilhosa sensação de bem-estar que o ato de perdoar pode proporcionar sabe que o perdão é fonte de paz e felicidade. “Só quem perdoou na vida sabe o que é amar.”
Quem nunca ouviu a infeliz frase: -“Perdoar eu perdôo, mas não esqueço!”? Quem diz isto, na verdade, não sabe o que é o perdão. “O ódio que se guarda, vai matando só quem sente.”
"Quando não se permite ao amor respirar o orgulho consegue ganhar."
Quanto tempo se perde com rancores e pensamentos negativos com relação a pessoas e acontecimentos! “O que foi já não serve, é passado! O presente é o presente que o tempo quer te entregar.”
Certa vez assisti a um filme que retratava o dia-a-dia de uma comunidade Amish, um grupo religioso cristão baseado nos Estados Unidos e no Canadá, e este filme me ensinou muito sobre o perdão.
Eu nasci católico, fui criado como católico, cresci na fé como católico e, na graça de Deus, serei católico até o fim. Mesmo assim, sempre norteado pelos dogmas da nossa Igreja, e com a visão crítica de um católico convicto, me permito pesquisar e até extrair os bons exemplos de irmãos de outras religiões, pois a finalidade da religião, seja ela qual for, como o próprio nome diz, é nos religar com Deus. É claro que muitos dirigentes e fiéis de algumas religiões se perdem no caminho, mas o que devemos extrair é o que há de bom, porque sempre há algo de bom, um ensinamento ou um exemplo positivo. Digo tudo isto para que não pareça que estou fazendo apologia ao protestantismo, pois esta definitivamente não é a minha intenção.
Pois bem, no filme a que me referi, um integrante da comunidade, por ter problemas com alguns membros do grupo, começou a incendiar os celeiros de algumas familias. Como não conseguiam descobrir quem estava fazendo isso, e sem imaginar que pudesse ser um membro da comunidade, pediram a ajuda da polícia da cidade. A polícia logo descobriu o culpado e a justiça do estado determinou que ele deveria ser julgado pelos crimes que cometeu. O culpado se arrependeu e no mesmo instante foi perdoado e aceito por todos os integrantes da comunidade, mas a justiça não aceitou a retirada da denúncia contra ele, pois o processo já estava em andamento e ele deveria ser julgado. No dia do julgamento, num ato de total solidariedade e fraternidade, a comunidade inteira acompanhou o acusado ao juri. Perguntado por um morador da cidade, como poderiam eles todos terem perdoado os crimes cometidos contra eles e ainda acompanhar o culpado ao julgamento como se fossem verdadeiras testemunhas de defesa do acusado, o líder da comunidade Amish respondeu:
-Nós condenamos o pecado, mas nunca o pecador!
Que este exemplo seja seguido por todos nós, para que paremos de perder tempo com sentimentos negativos, que só dificultam a nossa caminhada em diração ao Pai! Podemos sim, ajudar nossos irmãos que estão indo pelo caminho errado a voltarem para o caminho do bem, mas nunca julga-los, condena-los e exclui-los do nosso meio sem que tenham a chance de se arrepender dos seus erros.
Que cristãos somos nós, se pedimos na oração que Jesus nos ensinou para que o Pai nos perdoe assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e, diante da provação, desprezamos o irmão que nos ofendeu? Deus nos perdoará na medida em que perdoarmos os nossos irmãos. Não é isso que pedimos?!
O perdão deve estar sempre vivo em nossos corações, para que ressentimentos não envenenem a paz nas familias e nas comunidades. O perdão deve também permear o relacionamento entre as religiões, que "precisam curar as feridas de séculos de separação e enfrentamento"(CNBB).
Passado esse mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, pensemos nas vezes em que pedimos a Jesus que fizesse os nossos corações semelhantes ao Seu Sagrado Coração e façamos um exame de consciência. Que essas orações não tenham sido da boca para fora e que aceitemos de corações abertos todas as graças que o Sagrado Coração de Jesus nos oferece para transformar os nossos corações de pedra em corações de carne.
Darvos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. (Ez 36,26)
A Paz a todos!
Marcio Tadeu Cardoso

As frases entre aspas são trechos de músicas gravadas pelo Pe. Fabio de Melo.

21 de jun. de 2010

PLANTAR, MESMO QUE VOCÊ NÃO VEJA O RESULTADO.

Um senhor de idade avançada estava cuidando da planta com todo o carinho, quando um jovem aproximou-se dele e perguntou:
- Que planta é esta da qual o senhor está cuidando?
- É uma jabuticabeira - respondeu o senhor.
- E ela demora quanto tempo para dar frutos?
- Pelo menos uns quinze anos - informou o senhor.
- E o senhor espera viver tanto tempo assim? Indagou irônico o rapaz.
- Não, não creio que viva mais tanto tempo, pois já estou no fim da minha jornada - disse o ancião.
- Então, que vantagem leva com isso, meu velho?
- Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas se todos pensassem como você...
"Que eles façam o bem, se enriqueçam de boas obras, sejam prontos a distribuir, capazes de partilhar. Desse modo, estão acumulando para si mesmos um belo tesouro para o futuro, a fim de obterem a verdadeira vida." (1 Timóteo 6: 18-19)

PARA REFLETIR:
Não importa quanto tempo temos pela frente; podem ser anos, meses, ou até mesmo poucos dias. Tudo que temos a oportunidade de fazer em benefício dos outros devemos sim, nos empenhar em fazer muito bem feito, pensando nos frutos que esses atos trarão. Não importa se veremos ou não o resultado do nosso trabalho, mas se não nos movermos em direção ao futuro, com certeza nos perderemos no caminho.

12 de jun. de 2010

SANTO ANTÔNIO E O MILAGRE DA EUCARISTIA E DA MULA. "TODO JOELHO SE DOBRARÁ!"

Um dia, frei Antônio encontrava-se em Rímini, cidade da Itália, quando um herege chamado Bonvillo quis desafia-lo publicamente fazendo troças das palavras do frade sobre a Santíssima Eucaristia, sobre a presença de Jesus na Hóstia Sagrada. (...)
- Ó frade!, gritou a alto e bom som. Eu acreditarei na sua Eucaristia, mas exijo uma prova. (...)
O santo ficou todo ouvido.
- Ó frade Antônio!, gritou Bonvillo. O que lhe proponho é o seguinte: vou deixar minha mula três dias sem comer, sem tomar o seu alimento preferido, o feno do campo. E vós, ó frade Antônio, podeis trazer diante dela o que dizeis ser alimento dos cristãos, Eucaristia, Hóstia Sagrada, na qual, vós dizeis, está presente o Senhor Jesus. Pois bem..., se a minha mula se ajoelhar reverente diante do Senhor Jesus que afirmais estar presente na Hóstia, aí sim, eu acreditarei. (...)
- E digo mais, ó frade Antônio, se a mula se ajoelhar diante daquilo que vós chamais Santíssimo Sacramento, eu também me ajoelharei.(...)
A expectativa era grande. O silêncio era angustiante. De repente...
- Aceito, ó Bonvillo! Aceito o seu desafio se é para o bem de sua alma, se é para o bem do povo de Deus aqui reunido, se é para a glória e honra de Deus.
Era a voz firme e segura de frei Antônio. (...)
Na hora e no dia marcado, a praça estava toda tomada de uma imensa multidão,(...) Frei Antônio, liturgicamente vestido, traz consigo um lindo ostensório em cujo centro brilha a Hóstia Sagrada. Joelhos reverentes se dobram ao passar da procissão. Sobre um altar preparado no centro da praça, frei Antônio coloca o Santíssimo Sacramento e, de joelhos, o adora reverente...
Não demorou muito e lá veio berrando, gritando e empurrando sua pobre mula o fanático Bonvillo.Trazia nas costas um saco cheio de feno cheiroso. Chegando perto do altar espalhou ao lado o feno cheiroso. Frei Antônio, recolhido, permanecia em oração. Quando Bonvillo soltou a mula, já todo sorridente prevendo o desfecho da caminhada do animal faminto, seus olhos não acreditavam no que estavam vendo: a mula não se movia do lado de frei Antônio. Em vão, começou o herege a empurrá-la para o lado da erva fresca e cheirosa. Brandia nos ares o chicote, mas tudo era inútil. Frei Antônio levanta-se, vai ao altar e começa a abençoar a multidão que piedosa, se ajoelha. Naquele mesmo instante, como se estivesse acompanhando o povo cheio de fé, também a mula dobra reverente as duas patas dianteiras enquanto as campainhas sonoras soavam sinais da Benção Eucarística. Cheio de lágrimas, também ele dobrou seus joelhos e exclamou comovido cantando com a multidão:
-Bendito, louvado seja, o Santíssimo Sacramento!
E fez-se cristão. Cristão católico.
fonte livro Santo Antônio – de Geraldo Monteiro e Giuseppino de Roma

Que ao comungarmos o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, tenhamos os nossos corações sempre abertos à ação do Amor de Deus em nós e peçamos a Ele que nos transforme em verdadeiros instrumentos de Sua Paz e sinais do Seu Amor no meio da humanidade!

7 de jun. de 2010

SAGRADA ESCRITURA, O CAMINHO DA VIDA!!! A COMUNIDADE É O CORPO DE CRISTO.

De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e no entanto, apesar de serem muitos, todos os membros do corpo formam um só corpo. Assim acontece também com Cristo. Pois todos fomos batizados num só Espírito para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gregos, quer escravos ou livres. E todos bebemos de um só Espírito. O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos. Se o pé diz: “Eu não sou mão; logo, não pertenço ao corpo”, nem se o ouvido diz: “Eu não sou olho; logo, não pertenço ao corpo”, nem por isso deixa de fazer parte do corpo. Se o corpo inteiro fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfato? Deus é quem dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se o conjunto fosse um só membro, onde estaria o corpo? Há, portanto, muitos membros, mas um só corpo. O olho não pode dizer à mão: “Não preciso de você”; e a cabeça não pode dizer aos pés: “Não preciso de vocês.”
Os membros do corpo que parecem mais fracos são os mais necessários; e aqueles membros do corpo que parecem menos dignos de honra são os que cercamos de maior honra; e os nossos membros que são menos decentes, nós os tratamos com maior decência; os que são decentes não precisam desses cuidados. Deus dispôs o corpo de modo a conceder maior honra ao que é menos nobre, a fim de que não haja divisão no corpo, mas os membros tenham igual cuidado uns para com os outros. Se um membro sofre, todos os membros participam do seu sofrimento; se um membro é honrado, todos os membros participam de sua alegria.
Ora, vocês são o corpo de Cristo e são membros dele, cada um no seu lugar. (...)
Por acaso, são todos apóstolos? Todos profetas? Todos mestres? Têm todos o dom de curar? Todos falam línguas? Todos as interpretam? Aspirem aos dons mais altos. Aliás, vou indicar para vocês um caminho que ultrapassa a todos. (1Cor 12, 12-27, 29-31)
Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente.
Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada.
Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse o amor, nada disso me adiantaria.
O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado; limitada é também a nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, desaparecerá o que é limitado. (...)
Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. A maior delas, porém, é o amor. (1Cor 13, 1-10, 13)
fonte: Bíblia Sagrada Edição Pastoral

PARA REFLETIR:
“Se um membro sofre, todos os membros participam do seu sofrimento; se um membro é honrado, todos os membros participam de sua alegria.” (1Cor 12, 26)
Então, como um ato de amor reflete positivamente em todos os membros do corpo, a falta de amor acaba prejudicando o corpo todo, até mesmo o membro responsável por isto.
Que possamos pedir a Deus que nos trate, a cada dia, como tratamos nossos irmãos no dia anterior.
Será, que analisando detalhes de nossas atitudes com relação aos irmãos, teremos coragem de dizer isso a Deus?
Marcio Tadeu Cardoso

2 de jun. de 2010

HISTÓRIA DA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI.


FOTOS DA LINDA PROCISSÃO DO DIA 03/06/2010, DA PARÓQUIA DE SÃO CRISTÓVÃO.
A CARNE E O SANGUE, COMO SE CONSERVAM ATÉ HOJE!
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "CRISTO TODO" no pão consagrado. Foi o Papa Urbano IV, cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.
Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da Fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido pela dúvida.
Na hora da Consagração, veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo. Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico, através da bula Transiturus do Mundo, o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida, mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira, após o domingo da Santíssima Trindade. Corpus Christi é celebrado 60 dias ápos a Páscoa.
Fonte: Wikipédia