23 de jun. de 2011

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI.

MILAGRE EUCARÍSTICO DE BOLSENA

A CARNE E O SANGUE, COMO SE CONSERVAM ATÉ HOJE!
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "CRISTO TODO" no pão consagrado. Foi o Papa Urbano IV, cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.
Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da Fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido pela dúvida.
Na hora da Consagração, veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo. Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico, através da bula Transiturus do Mundo, o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida, mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira, após o domingo da Santíssima Trindade. Corpus Christi é celebrado 60 dias ápos a Páscoa.
Fonte: Wikipédia

Tive a oportunidade, mais uma vez, de participar da procissão de Corpus Christi com os irmãos da paróquia de São Cristóvão, da Cidade Nova, em Pindamonhangaba. Foi um momento de muita fé e piedade!



FOTOS DA PROCISSÃO DE CORPUS CHRISTI NA PARÓQUIA DE SÃO CRISTÓVÃO, EM PINDAMONHANAGABA, EM 23 DE JUNHO DE 2011.

21 de jun. de 2011

DIA MUNDIAL DO REFUGIADO.

UNITED NATIONS HIGH COMMISSIONER FOR REFUGEES

O mundo recordou neste dia 20, o Dia Mundial do Refugiado, instituído em 2000 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em solidariedade à África, continente que abriga o maior número de refugiados e que, tradicionalmente, já celebrava o Dia Africano do Refugiado nesta data.

É também a ocasião para aumentar a consciência da sociedade sobre a problemática dos homens e mulheres deslocados por guerras e conflitos armados ou perseguidos por motivo de religião, nacionalidade, raça, grupo social e opinião política.

Segundo um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o número de refugiados, solicitantes de asilo e deslocados não para de aumentar no mundo, e chegou a 44 milhões de pessoas em 2010. O dado curioso é que, ao contrário do previsto, 80% delas se encontram hoje nos países em desenvolvimento.
Cerca de 16 milhões em todo o mundo, mais de um quarto da população de refugiados, encontra-se apenas em três países: Paquistão, Irã e Síria.
“Aos refugiados que provêm de diversos países africanos e se vêem forçados a deixar seus entes mais queridos, que chegue a solidariedade de todos. Que os homens de boa vontade sintam-se inspirados a abrir o coração ao acolhimento, para que se torne possível, de maneira solidária, acudir às necessidades de tantos irmãos”, disse o papa Bento XVI em um de seus textos sobre os refugiados.
“Diante desta situação mundial o desafio é sem dúvida ‘abrir o coração ao acolhimento’, superar preconceitos e entraves, até mesmo legais, e fraternalmente ‘acudir às necessidades de tantos irmãos’. Mas o que significa concretamente fazer isso na realidade brasileira e a partir dos solicitantes de refúgio e àqueles que já usufruem dessa condição?”, destaca a diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e assessora da Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, irmã Rosita Milesi.
No dia 19, o Alto-Comissário para os Refugiados, António Guterres, visitou na ilha de Lampedusa (Itália) um grupo de refugiados que recentemente deixaram a Tunísia e a Líbia.
Numa mesa-redonda com representantes de organizações não-governamentais, Guterres lembrou que a crise política na Líbia motivou a fuga de um milhão de cidadãos e que apenas 2% desse montante desembarcaram na Europa. O representante da ONU pediu a abertura das fronteiras dos países europeus aos refugiados.
O Brasil assinala o Dia Mundial do Refugiado através da realização de diversas atividades. A Campanha “Calce os sapatos dos refugiados” é uma delas.
A iniciativa promove a tolerância e a integração dos refugiados e de outras populações, sob a orientação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O objetivo é sensibilizar a população a sentir na pele a vida de um refugiado, tomando consciência de seus problemas. Em várias cidades brasileiras, alguns refugiados vão confeccionar pratos típicos, outros farão apresentações artísticas: uma oportunidade para interagir com o público.
Em 2009, no Brasil, existiam 4.239 refugiados provenientes de 75 países diferentes. O Brasil é internacionalmente reconhecido como acolhedor. Em novembro de 2005, António Guterres realçou essa faceta, considerando-o “um país de asilo e exemplo de comportamento generoso e solidário”. O país tem desenvolvido inúmeras iniciativas com o objetivo de integrar os refugiados na sociedade. Empregá-los e torná-los economicamente autônomos são as maiores preocupações.
Dos países industrializados, a Alemanha é o que acolhe a maior população de refugiados, com pouco menos de 600 mil.
Segundo texto divulgado pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos para o Dia Mundial do Refugiado 2011, fazendo alusão aos Samaritanos, o texto destaca que Jesus demonstrou que o amor ao próximo é um exercício de liberdade e profundo respeito ao ser humano. “Como a figura emblemática do samaritano (cf. Lc 10,25-37), que acolheu a uma pessoa vítima de violência e cuja vida estava ‘por um fio’, Jesus demonstrou que o amor ao próximo é um exercício de liberdade e profundo respeito ao ser humano. É decisão pessoal (escolha por romper a indiferença), é presença eficaz (retira da estrada, abriga e cuida dos ferimentos) e proteção (assegura a continuidade dos cuidados). Enfim, para as pessoas e as organizações que atuam junto aos refugiados, incluindo aqui os agentes do próprio Estado, fica o desafio, o apelo veemente do samaritano, na mensagem bíblica: “Tome conta dele e dela”.
Fonte: CNBB
PARA REFLETIR:
Ser um refugiado pode significar a negação da história de uma vida e a necessidade de se iniciar uma nova história. Imaginemos a dor de um refugiado diante da iminência da separação. É muito frequente famílias serem desagregadas nestes momentos em que a fuga é a única solução para se preservar a vida e, na maioria das vezes, estas famílias nunca mais se reúnem. Como vivem os filhos que não sabem onde e como estão seus pais? E como vivem os pais que não sabem onde e como estão seus filhos?
Que ao olharmos para os nossos irmãos refugiados, tenhamos em mente o maior mandamento! Amemos ao próximo como a nós mesmos!

11 de jun. de 2011

VINDE ESPÍRITO SANTO!

CELEBREMOS PENTECOSTES!
PEÇAMOS O ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Se um filho pedir um pão, qual o pai entre vós que lhe dará uma pedra? Se ele pedir um peixe, acaso lhe dará uma serpente?
Ou se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á porventura um escorpião?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem. (Lc 11, 11-13)

Os dons do Espirito Santo de Deus

10 de jun. de 2011

15 DE JUNHO É O DIA MUNDIAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA.

O dia 15 de junho marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, data instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa.
O objetivo da data é criar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra a pessoa idosa e, simultaneamente, disseminar a ideia de não aceitá-la como normal. A violência contra os idosos deve ser entendida como uma grave violação aos Direitos Humanos.
A Pastoral da Pessoa Idosa, como parte da rede de ações em favor das pessoas idosas, com as visitas domiciliares mensais, acompanhando principalmente as vulnerabilizadas pela pobreza e abandono, estimula os seus membros e pessoas idosas acompanhadas para uma inserção nas ações por um envelhecimento digno, sem violência, realizando a sua missão para que as pessoas idosas tenham mais vida, dignidade e esperança.
Fonte: Diocese de Taubaté

28 de mai. de 2011

REPENSAR O JÁ PENSADO.

Como vemos a vida? O que as crianças aprendem que é a vida? E o que nós, adultos, acreditamos que ela seja? As crianças, no mundo de hoje, são sufocadas pelo acúmulo de atividades porque seus pais acreditam que elas devam se preparar para ter sucesso no futuro. Os pais anseiam que seus filhos tenham mais do que eles conseguiram ter, mesmo sem procurar saber quais são as necessidades reais de seus filhos. Mesmo os pais, muitas vezes, não se preocuparam em descobrir quais eram suas próprias necessidades e passaram boa parte de suas vidas sendo levados pela onda devastadora das idéias impostas pelo mundo moderno. A subjetividade deixou de ser importante porque o coletivo dita quais são as necessidades de todos, igualmente. Os adultos se deixam robotizar e, sem perceber, acabam por robotizar também os seus filhos. A necessidade de cada um vem do desejo de ter o que o outro tem e de ser o que o outro é. Aceita-se tudo muito facilmente porque pensa-se pouco. As pessoas não querem mais gastar tempo nem para pensar e preferem usar pensamentos já prontos porque é mais prático assim. A exemplo da fast-food, a comida rápida, lançaram também o fast-thought, o pensamento rápido, de fácil acesso a todos. A criança pede aos pais um par de tênis de uma determinada marca porque todos os seus amigos têm tênis daquela marca. Não importa se ela precisa daquele par de tênis, ou se o acha realmente bonito e confortável. A classe já pensou por ela e ela aceitou o pensamento. E quando os pais questionam a necessidade de comprar aquele par de tênis, a criança, que se acha muito esperta, se apóia em atitudes semelhantes tomadas por seus próprios pais.
Como agirão, com seus filhos, os filhos desses pais? Provavelmente, de forma parecida com a que seus pais agem com eles. Não quero questionar e nem apontar culpados, apenas evidenciar o problema, pois não fomos feitos para ser espelhos de ninguém! Um dos lados tem de romper a corrente. Quem romper a corrente, ganha o jogo! O melhor da história, é que ganha para os dois lados: o dos adultos e o das crianças.
Os pais, se perceberem como estão gastando mal o seu tempo e mudarem o rumo de suas vidas, poderão dar exemplos aos seus filhos, resgatando os valores da família e mostrando que a vida não precisa ser levada pelas ondas do mundo. Mas, se os filhos perceberem o engano antes dos pais, também podem repensar o já pensado e mostrar aos pais outras possibilidades para o ser.
Todos podemos refletir antes de aceitar os pensamentos prontos que nos são oferecidos a todo instante, mas tenhamos cuidado para que, ao escaparmos de uma armadilha, não caiamos em outra!
Combatamos a preguiça intelectual! Provoquemos o pensamento!

23 de mai. de 2011

BEATIFICAÇÃO DE IRMÃ DULCE LOPES PONTES.

Na beatificação de Irmã Dulce, que aconteceu neste dia 22 de maio, em Salvador, o papa Bento XVI foi representado pelo arcebispo emérito de Salvador, cardeal dom Geraldo Majella Agnelo. Em sua homilia, o arcebispo emérito destacou as virtudes da nova beata e a alegria do povo, principalmente a do povo baiano, com a beatificação.
“Contemplamos a vida santa da Irmã Dulce, com todos os frutos em favor não só dos carentes de tudo, especialmente da saúde, mas também do testemunho da sua união com Deus, através da escuta e contemplação da sua Palavra e da comunhão diária do seu Corpo e do seu Sangue na celebração da Eucaristia que é a oferta do sacrifício redentor de Cristo ao Pai celeste”, destacou dom Majella.
“Hoje, estamos celebrando a santidade de Deus que deseja ver reproduzida em cada um de seus filhos. Estamos celebrando a vitória do amor de Deus no coração desta criatura tão pequenina e frágil para realizar tantos milagres de amor. O que é a santidade de Deus? Deus é o Amor infinito e por isso é a verdade, é a justiça, é a misericórdia, é o perdão, é a bondade”, disse.
Fonte: CNBB

14 de mai. de 2011

CELEBRAMOS, NESTE DIA 15 DE MAIO DE 2011, O 48º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES.

"EUSOU A PORTA. QUEM ENTRAR POR MIM SERÁ SALVO."
O SENHOR É O PASTOR QUE NOS CONDUZ!
“A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local.” (Bento XVI) .
Como é belo quando se percebe nas nossas comunidades, a estima e o carinho que se tem em relação aos seus padres. São tantas as comunidades que manifestam a vontade de terem um padre mais perto, de se tornaram paróquia para poder contar com a presença do sacerdote.
Jesus, antes que escolhesse e chamasse seus apóstolos do meio dos discípulos, ele retirou-se em oração, a escuta da vontade de Pai. ( Lc 6/12). Por isso, assim como Cristo rezou, também nós, somos convidados a rezar para que o Senhor da Messe suscite mais jovens generosos para aceitar o chamado de Deus. O dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover, sobretudo mediante uma vida plenamente cristã.
Em nossas igrejas, devemos constantemente fazer preces e súplicas pelas vocações sacerdotais e religiosas. O Santo Padre Bento XVI nos diz: “Os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo em época do predomínio da técnica no mundo e da globalização – do Deus que se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja, para aprender, com Ele, a verdadeira vida, manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade.”
Bento XVI ainda fala: “Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por outras vozes e a proposta de seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e a consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu sim à Deus e à Igreja.” Portanto, para promover as vocações específicas ao ministério sacerdotal e à vida consagrada, para tornar mais forte e eficaz o anúncio vocacional, é indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio “sim” a Deus, ao projeto de vida que Ele tem para cada um.
A história de toda vocação está interligada, quase sempre, com o testemunho de um sacerdote que vive com alegria a doação de si mesmo aos irmãos pelo Reino dos Céus. Isto porque a proximidade e a palavra de um padre são capazes de fazer despertar interrogações e de conduzir mesmo a decisões definitivas. Assim podemos afirmar que as vocações sacerdotais nascem do contato com os sacerdotes, quase como uma herança preciosa comunicada com a palavra, o exemplo e toda a existência.
Para promover as vocações específicas ao ministério sacerdotal e a vida consagrada, para tornar mais forte e eficaz o anúncio vocacional, á indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio “sim” a Deus ao projeto de vida que Ele tem para cada um. Que o Dia Mundial das Vocações possa ser, mais uma vez, uma preciosa ocasião a muitos jovens para refletir sobre a própria vocação, respondendo com simplicidade, confiança e plena disponibilidade. A Virgem Maria, Mãe da Igreja, guarde cada pequena semente de vocação no coração daqueles que o Senhor chama a segui-lo mais de perto.
Dom Alfredo Scháffler - Bispo de Parnaíba, PI
Fonte: CNBB

13 de mai. de 2011

13 DE MAIO, DIA DE N. SRA. DE FÁTIMA.

“Quem pensa que a missão profética de Fátima se concluiu, estaria enganado. A missão da Igreja hoje é mostrar o amor de Deus a uma humanidade disposta a sacrificar seus vínculos mais santos no altar de estreitos egoísmos da nação, etnia, ideologia, grupo, indivíduo.
O homem pode desencadear um ciclo de morte e de terror, mas não consegue interrompê-lo… Na Sagrada Escritura aparece com frequência que Deus está em busca de justos para salvar a cidade dos homens, e o mesmo acontece aqui, em Fátima.
Estreito ao coração todos os seus filhos e filhas, especialmente quantos vivem atribulados ou abandonados, no desejo de comunicar-lhes aquela esperança grande que arde no meu coração e que, em Fátima, se faz encontrar mais sensivelmente.
Sim! O Senhor, a nossa grande esperança, está conosco; no seu amor misericordioso, oferece um futuro ao seu povo: um futuro de comunhão consigo.”
Homilia do Papa Bento XVI (Missa no Santuário de Fátima, Portugal – 13/05/2010)
Fonte: Diocese de Taubaté

7 de mai. de 2011

AS MÃES NA VIDA DA IGREJA.

A Igreja Católica, desde seus primórdios, tem na mãe um amparo seguro para sua fé. O exemplo típico é Maria, a mãe de Jesus, que estava presente junto aos apóstolos no momento em que o Espírito Santo desceu sobre eles no domingo de Pentecostes. O documento de Aparecida diz que “Maria é a presença materna indispensável e decisiva na gestação de um povo de filhos e irmãos, de discípulos e missionários de seu Filho” (nº 524).
A partir de Maria, muitas outras mães marcaram a caminhada da Igreja. Mães do estilo de Santa Mônica que derramou muitas lágrimas para que seu filho abandonasse a vida desregrada que estava levando e se transformasse no grande teólogo e doutor da Igreja, Santo Agostinho. Mães como Santa Rita de Cássia, que sofreu os maus tratos do marido e depois de viúva, entrou para a vida religiosa. Mães do estilo de Santa Isabel de Portugal, que na condição de rainha entregou seus bens pessoais aos necessitados e viveu na pobreza voluntária. Mães de papas, bispos, padres e religiosas. Mães catequistas, animadoras de comunidades e dinamizadoras do serviço da caridade. Mães dedicadas à transmissão da fé para seus filhos e solícitas companheiras para seus consortes, também na motivação para a prática religiosa.
O documento de Aparecida reconhece que as mulheres “constituem, geralmente, a maioria de nossas comunidades. São as primeiras transmissoras da fé e colaboradoras dos pastores”. Por isso, “é urgente valorizar a maternidade como missão excelente das mulheres”. A mãe “é insubstituível no lar, na educação dos filhos e na transmissão da fé” (456).
Por ocasião do Dia das Mães deste ano, queremos manifestar a nossa gratidão às inúmeras mães que assumem a sua fé na família e na comunidade. Queremos manifestar a nossa solidariedade às mães que sofrem por verem seus filhos trilhando o caminho das drogas e da violência. Manifestar o nosso apoio às mães que lutam para que seus filhos desenvolvam autênticos valores de vida e fé. Manifestar o nosso incentivo às mães que se empenham para que, conforme nos alertava a Campanha da Fraternidade, a vida possa continuar a seguir o seu normal rumo idealizado por Deus no momento da criação. Manifestar o nosso reconhecimento às mães que assumem sozinhas a educação dos filhos, pelo fato de terem sido abandonadas ou por terem se tornado viúvas. Manifestar a nossa admiração para com as mães que já são avós, e que tem a graça de conviverem com os filhos dos seus filhos.
Finalmente, queremos parabenizar a todas vocês mães! Que Deus as abençoe e lhes dê muitas alegrias através dos filhos que geraram!
Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano de Santa Cruz do Sul - RS
- - -
À MINHA MÃE, A QUEM EU AMO MUITO, QUE TAMBÉM ASSUMIU A SUA FÉ NA FAMÍLIA E NA COMUNIDADE, SENDO MINHA PRIMEIRA CATEQUISTA E TAMBÉM DE MUITAS CRIANÇAS, QUE ALÉM DE TUDO QUE FEZ POR MIM, DEDICOU-ME TODO O SEU AMOR, E A TODAS AS MÃES, DESEJO UM FELIZ E ABENÇOADO DIA DAS MÃES!

4 de mai. de 2011

ORAÇÃO PEDINDO GRAÇAS POR INTERCESSÃO DO BEATO JOÃO PAULO II.

Ó Trindade Santa, nós Vos agradecemos por ter dado à Igreja o Beato João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor.
Confiando totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna Convosco.
Segundo a Vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no número dos vossos santos.
Amém.

Com a aprovação eclesiástica: AGOSTINO CARD. VALLINI, Vigário Geral de Sua Santidade para a Diocese de Roma.

Comunicar as graças recebidas a:
Postulazione della Causa di Canonizzazione del Beato Giovanni Paolo II
Piazza S. Giovanni in Laterano, 6/a – 00184 Roma
Foto: Grzegorz Galazka
Fonte: Diocese de Taubaté

24 de abr. de 2011

OITAVA DA PÁSCOA.

Os oito primeiros dias do tempo pascal formam a oitava da Páscoa. Seus primórdios, entendidos como um período celebrado com liturgia especial, remontam, no mínimo, ao começo do século IV, e mesmo até à segunda metade do século III, como é fácil de deduzir das homilias recém-descobertas de Astério Sofita sobre os salmos. Astério chama o dia da oitava de “segundo ‘oitavo dia’”.
A liturgia desta oitava era marcada não só pelo mistério pascal, como também pela consideração para com os neobatizados, que durante as celebrações diárias da eucaristia, eram introduzidos mais profundamente nos mistérios dos sacramentos da iniciação recebidos na noite da Páscoa. As homilias pascais de Astério, já mencionadas, podem ser apontadas como o exemplo mais antigo de tais “catequeses mistagógicas” de que temos conhecimento. As mais famosas, entretanto, são as cinco catequeses de Cirilo (João?), bispo de Jerusalém, da segunda metade do século IV, e os escritos “De mysteriis” (Sobre os mistérios) e “De sacramentis” (Sobre os sacramentos), da autoria de Ambrósio. Segundo Agostinho, a oitava da Páscoa é uma “ecclesiae consensio”, um costume unânime da Igreja, tão antigo quanto a Quadragesis (a Quaresma). Os fiéis deviam suspender seus trabalhos nesses dias, e tomar parte nas cerimônias diárias.
Esta semana era chamada antigamente de “semana branca” ou “semana das vestes brancas”. No Oriente é conhecida também como semana da renovação. Inicialmente, ela só terminava no domingo, o qual, por isso, tinha o nome de domingo das vestes brancas (domingo in albis). A partir do século VII, as vestes brancas dos neófitos eram depostas já no sábado, em conseqüência da antecipação da celebração da noite pascal para o Sábado Santo.
REPRESENTAÇÃO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS NA COMUNIDADE SALESIANA DE PINDAMONHANGABA
Os cânticos de entrada da oitava de Páscoa da liturgia romana, executados pelo coro à entrada dos neófitos em vestes brancas, eram enfaticamente sintonizados com a presença dos recém-batizados e proclamavam a salvação por eles recebida. Assim lemos (ainda hoje) na segunda-feira: “O Senhor vos introduziu na terra onde correm leite e mel: e sua lei esteja sempre em vossos lábios, aleluia!”; na terça-feira: “Deu-lhes a água da sabedoria, tornou-se a sua força...”; na quarta-feira: “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino...”; na quinta-feira: “Senhor, todos louvaram, unânimes, a vossa mão vitoriosa...”; na sexta-feira: “O Senhor conduziu o seu povo na esperança e recobriu com o mar seus inimigos”; no sábado: “O Senhor fez seu povo sair com grande júbilo; com gritos de alegria, os seus eleitos, aleluia!”; e por fim, no domingo branco (domingo in albis): “Como crianças, recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia!
Adolf Adam
(in O Ano Litúrgico, Paulinas, 1982, pag. 86-87)
Fonte: CNBB

15 de abr. de 2011

MUSEU DE ARTE SACRA EM TAUBATÉ.

EXPOSIÇÃO "PASSOS DA PAIXÃO".

Inaugurado no dia 4 de dezembro de 2009, o Museu de Arte Sacra de Taubaté é administrado pela Mitra Diocesana da cidade.
Com a proposta de recontar e recriar o passado religioso da Região, o museu tem peças de Taubaté e cidades como São Luiz do Paraitinga e Redenção da Serra.
Entre as obras estão pinturas, esculturas, instrumentos musicais, partituras, acessórios e documentos.
O museu possui também um laboratório de restauro.
Fonte: Guia Taubaté

FOTOS DO MUSEU.




IMAGEM DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - SÉCULO XVIII.

IMAGEM DE SÃO BENEDITO - SÉCULO XVII.

8 de abr. de 2011

COMO RECEBEREMOS O SOL NO DOMINGO DE PÁSCOA?

Estamos utilizando o Amor que Deus nos deu para aliviar a dor dos irmãos?
O que estamos fazendo com os braços fortes que Ele nos deu para levantar os nossos irmãos caídos?
E as mãos perfeitas que Deus nos deu para cuidar dos nossos irmãos doentes, temos utilizado bem ou estamos apenas usando o dedo indicador para mostrar as imperfeições dos irmãos?
Como nós, os nossos irmãos também esperam o Céu!
Até quando insistiremos em não ver a Face de Cristo no rosto dos irmãos?
A cada manhã lembraremos das imagens dos irmãos que sofrem até que consolemos o coração de Jesus ajudando os que precisam de nós!
Onde estão nossos irmãos?!?!
Reflexão sobre a música "Onde está o teu irmão".

2 de abr. de 2011

JEJUM DA INTOLERÂNCIA!

TORRADAS QUEIMADAS.

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. Eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
- Adorei a torrada queimada...
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. Eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro; talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias! O que tenho aprendido através dos anos é que, saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como sua mãe, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar. A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apóia. Eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar; não vai. Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor. De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. Então filho, esforce-se para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida a você e ao próximo.
Autor desconhecido
PARA REFLETIR:
Neste tempo de Quaresma, em que nos dizemos dispostos à conversão do coração, quantas vezes nos deparamos com "torradas", nem tão queimadas assim, e aproveitamos essa falha de alguém para descarregarmos todas as nossas fraquezas e frustações em cima de pessoas que nos querem tão bem? Mais importante até, do que o jejum alimentar, neste tempo quaresmal, é o jejum da intolerência! Abstenhamo-nos da intolerância, sempre, em em todo lugar!
Como nos mostra São Paulo em sua 1ª carta aos Coríntios, "o amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido."

25 de mar. de 2011

O DIA DO SIM!


ANUNCIAÇÃO - LEONARDO DA VINCI
Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.
Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: "A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade."
Com alegria, contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez, escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:
"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’" (cf. Lc 1,26-38).
Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de todos, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o Sim do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: "Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário sim humano, da Virgem Santíssima.
Cumprindo, desta maneira, a profecia de Isaías: "Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:
"Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém."
Fonte: Canção Nova

20 de mar. de 2011

O SENTIDO DA QUARESMA.

Celebrar a Quaresma é reconhecer a presença de Deus na caminhada, no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor da vida do povo! Como o povo de Israel, que andou 40 anos no deserto antes de chegar à terra prometida, terra da promessa onde corre leite e mel. Como Jesus, que passou 40 dias de retiro antes de anunciar a vinda do Reino. Que subiu a Jerusalém para cumprir a missão que o Pai lhe confiou: dar a Sua vida e ser glorificado.
A quaresma é um tempo forte de conversão, de mudança interior, tempo de deixar tudo o que é velho em nós, tempo de assumir tudo o que traz vida para nós, em nossas comunidades e na sociedade. Tempo de graça e salvação, onde nos preparamos para viver, de maneira intensa, livre e amorosa, o momento mais importante do ano litúrgico, da história da salvação, a Páscoa, Aliança definitiva, vitória sobre o pecado, a escravidão e a morte.

SIMÃO DE CIRENE AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ

Para muitos, é apenas um tempo triste em que se canta e medita sobre os sofrimentos de Jesus que morreu pelos pecados da humanidade. Tempo de pedir perdão a Deus e fazer penitência. Todavia, a característica fundamental do tempo quaresmal não é o de ser somente um tempo de jejuns, mortificações e sacrifícios para que os cristãos participem dos sofrimentos de Jesus na Cruz. O que marca a Quaresma é, sobretudo, sua dimensão pascal: caminho para a Páscoa. Comemorando o acontecimento salvador da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, a Igreja celebra o novo nascimento dos que serão batizados, renova a vida dos que foram batizados e a reconciliação dos pecadores arrependidos. Assim, a caminhada quaresmal prepara e ensaia a grande festa da Páscoa. Sem esta ligação, a Quaresma perde sua força espiritual.
A espiritualidade quaresmal é caracterizada também por uma atenta, profunda e prolongada escuta da Palavra de Deus. É esta Palavra que ilumina a vida e chama à conversão, infundindo confiança na misericórdia de Deus. O confronto com o Evangelho ajuda a perceber o mal, o pecado, na perspectiva da Aliança, isto é, a misteriosa relação nupcial de amor entre Deus e o seu povo. Motiva para atitudes de partilha do amor misericordioso e da alegria do Pai com os irmãos que voltam convertidos.
Vamos fazer da Quaresma um tempo favorável de avaliação de nossas opções de vida e linhas de trabalho, para corrigir os erros e aprofundar a vivência da fé, abrindo-nos a Deus, aos outros e realizando ações concretas de fraternidade e de solidariedade.
Fonte: CNBB

11 de mar. de 2011

SAGRADA ESCRITURA, O CAMINHO DA VIDA!

ORAÇÃO E JEJUM.
A oração em segredo ( Mt 6,3-8)
E, quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra em teu quarto e, fechando a porta, ora ao teu Pai ocultamente; e o teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
O jejum em segredo ( Mt 6,16-18)
Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio como fazem os hipócritas, pois eles desfiguram o rosto para que seu jejum seja percebido pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que estás jejuando, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e o teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.

5 de mar. de 2011

CARNAVAL E CINZAS.

Mais uma vez chega o carnaval. E lá vem a mídia falada, escrita e televisiva, bombardear os nossos sentidos com frases e apelos de todo tipo. Ano vai, ano vem e é sempre a mesma rotina. Sexo, desfile de nudez, genitália à mostra e gestos eróticos ensaiados para conquistar a multidão. É nisso que se resume hoje o tão propalado carnaval. Uma festa pagã, culto ao deus “Eros” e à deusa “Afrodite”, como na antiga Grécia.
Você poderá pensar que sou contra o carnaval. Não sou contra o carnaval, mas sou contra aquilo em que transformaram o carnaval, uma festa consumista, onde os mais espertos levam vantagem.
Originalmente o carnaval era uma festa religiosa que antecedia a Quaresma, tempo de oração, meditação e conversão. A palavra carnaval vem do latim “carne vale” e quer dizer festa da carne, ou seja: diversão, brincadeiras, comida à vontade, descontração, para depois enfrentar os 40 dias da Quaresma com austeridade, sem comer carne e com jejuns. Esse era o sentido do carnaval quando foi criado.
Infelizmente, porém, a sociedade de consumo tem a capacidade de desvirtuar tudo, especialmente as festas religiosas. Assim foi com o carnaval, com o Natal e estão tentando fazer o mesmo com a Páscoa.
Nós cristãos não podemos aceitar esse tipo de atitude e entrar na onda também. É claro que nós também podemos nos divertir no carnaval, brincar, dançar, desfilar, desde que seja algo sadio, construtivo, um momento de descontração e convivência fraterna.
Após o carnaval vem a quarta-feira de Cinzas, dia em que começa a Quaresma. Quaresma significa quarenta. São 40 dias que desembocam na Páscoa da Ressurreição. O nome quarta-feira de Cinzas, é por que nesse dia, nas Igrejas, é feita a benção e a imposição das cinzas, que o povo costuma dizer incorretamente, “tomar cinza”. Esse gesto de impor cinza na fronte das pessoas é apenas um sinal que quer nos lembrar que somos criaturas frágeis, finitas, que viemos do pó da terra e para ela voltaremos. Isso do ponto de vista físico. Portanto, a cinza não deve ser buscada como um ato mágico, de alguém que pinta e borda nos 3 dias de carnaval e depois na quarta-feira vai receber a cinza e está tudo certo. Para nós, cristãos, buscar a imposição das cinzas representa um gesto de humildade, de quem se reconhece pecador, finito, mas quer mudar e se prepara durante a Quaresma para renascer com Cristo na Páscoa da Ressurreição.
A propósito, um esclarecimento sobre as cinzas: essa cinza que é colocada na cabeça ou na fronte dos fiéis é obtida queimando-se os ramos bentos guardados do domingo de ramos do ano anterior. O gesto litúrgico das cinzas é este: o ministro ordenado coloca uma pequena quantidade de cinza, com o dedo, na fronte ou na cabeça da pessoa e diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho”ou “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar”.
Diácono Nicola Angelo D'Istefano
Paróquia N. Sra. do Bom Sucesso - Pindamonhangaba - SP

27 de fev. de 2011

Bento XVI diz que fé na Providência não dispensa a árdua luta por uma vida digna.

Na manhã deste domingo, 27, falando a mais de 50 mil fiéis e peregrinos na Praça São Pedro para a oração mariana do Angelus, o papa Bento XVI recordou que, na liturgia de hoje, ecoa uma das palavras mais tocantes da Sagrada Escritura. Diz o livro de Isaías, proclamado na missa deste domingo: “Pode a mãe se esquecer do seu filho, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de você" (Is 49,15).
“Este convite a confiar no amor infalível de Deus é comparado com a página, também muito sugestiva, do Evangelho de Mateus, em que Jesus exorta seus discípulos a confiarem na Providência do Pai celeste, que alimenta as aves do céu e veste os lírios do campo, e conhece todas as nossas necessidades (cf. 6,24-34). Assim diz o Mestre: “Não se preocupem, dizendo: O que comeremos? O que beberemos? O que vestiremos? De todas essas coisas vão em busca os pagãos. O Pai celeste sabe do que vocês necessitam”, disse o papa.
Bento XVI afirmou que, diante da situação de muitas pessoas, próximas ou distantes, que vivem na miséria, esse discurso de Jesus pode parecer pouco realista, ou até mesmo evasivo.
“Na verdade, o Senhor quer deixar bem claro que não se pode servir a dois senhores: Deus e a riqueza. Aqueles que crêem em Deus, Pai cheio de amor pelos seus filhos, dá prioridade à busca de seu reino, da sua vontade. E este é precisamente o oposto do fatalismo ou de um ingênuo irenismo”.
Bento XVI destacou que a “fé na Providência não dispensa a árdua luta por uma vida digna, mas liberta do afã pelas coisas e do medo do amanhã”. Segundo o papa, o cristão se distingue pela absoluta confiança no Pai Celeste, como foi para Jesus.
“É precisamente a relação com Deus Pai que dá sentido à vida de Cristo, às suas palavras, aos seus gestos de salvação, até à sua paixão, morte e ressurreição. Jesus nos mostrou o que significa viver com os pés bem firmes no chão, atento às concretas situações do próximo, e ao mesmo tempo mantendo o coração no céu, imerso na misericórdia de Deus”.
Fonte: CNBB

16 de fev. de 2011

NAS CHAGAS DE CRISTO, AS DORES DO MUNDO!

Qual o sentido da dor humana? Para onde é orientada? Por que o sofrimento? Questões como estas trazem um profundo apelo do ser humano em busca do sentido do viver. Milhões de pessoas padecem toda sorte de dores. Neste momento, em que os olhos do prezado irmão repousam sobre esta reflexão, a estatística mundial contabilizou mais de 6 milhões de mortes apenas ao longo do início de ano até o dia de hoje. Nas cidades uma multidão imensa de pessoas povoa os hospitais em busca de tratamento para suas mais diversas doenças.
O Papa, em sua mensagem para o 16º Dia Mundial do Doente, ensina: “Se todos os homens são nossos irmãos, aquele que é débil, sofredor ou necessitado de cuidado deve estar mais no centro da nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado.”
Zelar dos que se encontram adoecidos constitui um gesto profundamente humano e, ao mesmo tempo, revelador da vocação humana ao amor. Na pessoa do irmão doente se contemplam as dores das chagas do Crucificado: “Todas as vezes que fizerdes isso ao menor dos meus irmãos, é a mim que estareis fazendo” (Mt 25,35).
A reflexão acerca do sofrimento humano, a partir do sentido teológico do sofrimento de Jesus Crucificado, é uma das mais profundas urgências espirituais de que o mundo moderno necessita. Há uma tendência a compreender que a dor constitui algo que deva ser afastado, a todo custo. O grande sonho do ser humano é viver absolutamente imune a qualquer sofrimento. Falta-nos uma compreensão mais aprofundada sobre o sentido do sofrimento humano e a experiência transcendental que ele traz para o ser humano, não obstante o necessário esforço por superá-lo.
A doença é uma experiência profundamente humanizadora do ser humano, desde que acolhida na fé. As debilidades físicas educam para o sentido transcendental da vida humana, sinalizam para o desejo por Deus, abrem no ser humano as portas para que somente Deus lhe baste. Na mensagem, Bento XVI afirma: “O Filho de Deus sofreu, morreu, mas ressuscitou e, exatamente por isso, aquelas chagas tornam-se sinal da nossa redenção, do perdão e da reconciliação com o Pai”. Tornam-se, ainda segundo o magistério papal, um “banco de prova” para a nossa fé, já que para o ser humano quão difícil é aceitar e suportar o sofrimento.
Cristo, que passou pelo mundo fazendo o bem, cura as chagas e as dores do mundo. Na Bíblia, as curas são precedidas por um profundo ato de fé – por uma adesão sincera do coração da pessoa que a busca – em Cristo. Quando olha para os sinais presentes nas mãos do Crucificado, Tomé vê-se curado da cegueira espiritual e proclama: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28).
Na mensagem Urbi et Orbi para a Páscoa do ano de 2007, o papa já disse: “Somente um Deus que nos ama a ponto de carregar sobre si as nossas feridas e a nossa dor, sobretudo a dor inocente, é digno de fé.”
A mensagem anima os doentes a serem testemunhas de Cristo por meio do sofrimento que experimentam e da fé que professam. A Paixão e a Cruz de Jesus, que aparentam ser uma negação da vida, pelo contrário, são a expressão mais elevada e mais intensa do amor de Deus e a fonte de onde brota a vida eterna. Cada doente precisa contemplar a Cruz de Cristo, num ato de profunda espiritualidade, do leito ou do lugar onde se encontra, deixando-se iluminar por ela e encontrando no Crucificado o sentido da estreita participação de si próprio no mistério do amor redentor do Pai. Por Cristo e em Cristo, pela Sua dolorosa Paixão, Deus Pai abraça com piedoso amor o mundo inteiro.
Vivendo na fé e na espiritualidade a experiência da dor, superando-a segundo o querer de Deus, a pessoa se abre a um profundo encontro com aquele donde procede a vida e toda a misericórdia.
Que a Santa Mãe de Deus, Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos doentes, apresente a Cristo todos os doentes que a Ele clamam pela saúde física e mental.
Dom Washington Cruz, CP - Arcebispo metropolitano de Goiânia
Fonte: CNBB

6 de fev. de 2011

TRANSPONDO LIMITES!

A CURA DO CORAÇÃO PARTIDO.
Uma certa médica que usa a arte, entre outras técnicas, na cura de pacientes cancerosos, conta uma história sobre um rapaz que, aos 24 anos de idade, procurou-a depois ter uma das pernas amputada na altura do quadril, a fim de se salvar de um câncer ósseo. No início do trabalho ele tinha um sentimento de injustiça e ódio por todas as pessoas "saudáveis". Parecia-lhe amargamente injusto ter sofrido essa terrível perda tão cedo em sua vida. Sua mágoa e raiva eram tão grandes que foram necessários muitos anos de trabalho para que ele começasse a sair de dentro de si mesmo e a curar-se. Ele precisava curar não apenas o corpo, mas também o coração partido e o espírito ferido.
O rapaz trabalhou com afinco e profundidade, contando sua história, desenhando-a, dedicando uma percepção consciente a toda a sua vida. À medida que vagarosamente se curava, desenvolveu profunda compaixão por outras pessoas em situação semelhante. Começou a ir a hospitais visitar pessoas que também haviam sofrido sérias perdas físicas. Em certa ocasião, contou ele à sua médica, visitou uma jovem cantora que estava tão deprimida pela perda dos seios que nem sequer tinha coragem de olhá-lo nos olhos. As enfermeiras ligaram o rádio, talvez com a esperança de animá-la. O dia estava quente e o rapaz vestia shorts. Finalmente, desesperado para conquistar a atenção da moça, ele desatarraxou a perna artificial e começou a dançar pela sala, numa perna só, estalando os dedos para acompanhar a música. Ela o olhou assombrada, depois caiu na gargalhada e exclamou: "Cara, se você consegue dançar, eu consigo cantar!"
Quando esse rapaz começou a trabalhar com desenhos, no início do tratamento, fez um esboço a lápis de seu próprio corpo na forma de um vaso atravessado de alto a baixo por uma profunda rachadura negra. Desenhou essa rachadura mil vezes, rangendo os dentes de raiva. Muitos anos depois, para encorajá-lo a completar seu processo, a médica mostrou-lhe esses primeiros desenhos. Ele viu o vaso e disse: "Ah, este aqui não está terminado".
Quando ela sugeriu que ele o terminasse, ele correu o dedo ao longo da rachadura e disse: "Olhe, é por aqui que a luz passa". Com um lápis amarelo, desenhou a luz fluindo através da rachadura para dentro do vaso e disse: "O nosso coração pode se fortalecer nos lugares partidos".
Adaptação de texto extraído do livro "Um Caminho com o Coração" - J. Kornfield