28 de mai. de 2011

REPENSAR O JÁ PENSADO.

Como vemos a vida? O que as crianças aprendem que é a vida? E o que nós, adultos, acreditamos que ela seja? As crianças, no mundo de hoje, são sufocadas pelo acúmulo de atividades porque seus pais acreditam que elas devam se preparar para ter sucesso no futuro. Os pais anseiam que seus filhos tenham mais do que eles conseguiram ter, mesmo sem procurar saber quais são as necessidades reais de seus filhos. Mesmo os pais, muitas vezes, não se preocuparam em descobrir quais eram suas próprias necessidades e passaram boa parte de suas vidas sendo levados pela onda devastadora das idéias impostas pelo mundo moderno. A subjetividade deixou de ser importante porque o coletivo dita quais são as necessidades de todos, igualmente. Os adultos se deixam robotizar e, sem perceber, acabam por robotizar também os seus filhos. A necessidade de cada um vem do desejo de ter o que o outro tem e de ser o que o outro é. Aceita-se tudo muito facilmente porque pensa-se pouco. As pessoas não querem mais gastar tempo nem para pensar e preferem usar pensamentos já prontos porque é mais prático assim. A exemplo da fast-food, a comida rápida, lançaram também o fast-thought, o pensamento rápido, de fácil acesso a todos. A criança pede aos pais um par de tênis de uma determinada marca porque todos os seus amigos têm tênis daquela marca. Não importa se ela precisa daquele par de tênis, ou se o acha realmente bonito e confortável. A classe já pensou por ela e ela aceitou o pensamento. E quando os pais questionam a necessidade de comprar aquele par de tênis, a criança, que se acha muito esperta, se apóia em atitudes semelhantes tomadas por seus próprios pais.
Como agirão, com seus filhos, os filhos desses pais? Provavelmente, de forma parecida com a que seus pais agem com eles. Não quero questionar e nem apontar culpados, apenas evidenciar o problema, pois não fomos feitos para ser espelhos de ninguém! Um dos lados tem de romper a corrente. Quem romper a corrente, ganha o jogo! O melhor da história, é que ganha para os dois lados: o dos adultos e o das crianças.
Os pais, se perceberem como estão gastando mal o seu tempo e mudarem o rumo de suas vidas, poderão dar exemplos aos seus filhos, resgatando os valores da família e mostrando que a vida não precisa ser levada pelas ondas do mundo. Mas, se os filhos perceberem o engano antes dos pais, também podem repensar o já pensado e mostrar aos pais outras possibilidades para o ser.
Todos podemos refletir antes de aceitar os pensamentos prontos que nos são oferecidos a todo instante, mas tenhamos cuidado para que, ao escaparmos de uma armadilha, não caiamos em outra!
Combatamos a preguiça intelectual! Provoquemos o pensamento!

23 de mai. de 2011

BEATIFICAÇÃO DE IRMÃ DULCE LOPES PONTES.

Na beatificação de Irmã Dulce, que aconteceu neste dia 22 de maio, em Salvador, o papa Bento XVI foi representado pelo arcebispo emérito de Salvador, cardeal dom Geraldo Majella Agnelo. Em sua homilia, o arcebispo emérito destacou as virtudes da nova beata e a alegria do povo, principalmente a do povo baiano, com a beatificação.
“Contemplamos a vida santa da Irmã Dulce, com todos os frutos em favor não só dos carentes de tudo, especialmente da saúde, mas também do testemunho da sua união com Deus, através da escuta e contemplação da sua Palavra e da comunhão diária do seu Corpo e do seu Sangue na celebração da Eucaristia que é a oferta do sacrifício redentor de Cristo ao Pai celeste”, destacou dom Majella.
“Hoje, estamos celebrando a santidade de Deus que deseja ver reproduzida em cada um de seus filhos. Estamos celebrando a vitória do amor de Deus no coração desta criatura tão pequenina e frágil para realizar tantos milagres de amor. O que é a santidade de Deus? Deus é o Amor infinito e por isso é a verdade, é a justiça, é a misericórdia, é o perdão, é a bondade”, disse.
Fonte: CNBB

14 de mai. de 2011

CELEBRAMOS, NESTE DIA 15 DE MAIO DE 2011, O 48º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES.

"EUSOU A PORTA. QUEM ENTRAR POR MIM SERÁ SALVO."
O SENHOR É O PASTOR QUE NOS CONDUZ!
“A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local.” (Bento XVI) .
Como é belo quando se percebe nas nossas comunidades, a estima e o carinho que se tem em relação aos seus padres. São tantas as comunidades que manifestam a vontade de terem um padre mais perto, de se tornaram paróquia para poder contar com a presença do sacerdote.
Jesus, antes que escolhesse e chamasse seus apóstolos do meio dos discípulos, ele retirou-se em oração, a escuta da vontade de Pai. ( Lc 6/12). Por isso, assim como Cristo rezou, também nós, somos convidados a rezar para que o Senhor da Messe suscite mais jovens generosos para aceitar o chamado de Deus. O dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover, sobretudo mediante uma vida plenamente cristã.
Em nossas igrejas, devemos constantemente fazer preces e súplicas pelas vocações sacerdotais e religiosas. O Santo Padre Bento XVI nos diz: “Os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo em época do predomínio da técnica no mundo e da globalização – do Deus que se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja, para aprender, com Ele, a verdadeira vida, manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade.”
Bento XVI ainda fala: “Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por outras vozes e a proposta de seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e a consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu sim à Deus e à Igreja.” Portanto, para promover as vocações específicas ao ministério sacerdotal e à vida consagrada, para tornar mais forte e eficaz o anúncio vocacional, é indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio “sim” a Deus, ao projeto de vida que Ele tem para cada um.
A história de toda vocação está interligada, quase sempre, com o testemunho de um sacerdote que vive com alegria a doação de si mesmo aos irmãos pelo Reino dos Céus. Isto porque a proximidade e a palavra de um padre são capazes de fazer despertar interrogações e de conduzir mesmo a decisões definitivas. Assim podemos afirmar que as vocações sacerdotais nascem do contato com os sacerdotes, quase como uma herança preciosa comunicada com a palavra, o exemplo e toda a existência.
Para promover as vocações específicas ao ministério sacerdotal e a vida consagrada, para tornar mais forte e eficaz o anúncio vocacional, á indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio “sim” a Deus ao projeto de vida que Ele tem para cada um. Que o Dia Mundial das Vocações possa ser, mais uma vez, uma preciosa ocasião a muitos jovens para refletir sobre a própria vocação, respondendo com simplicidade, confiança e plena disponibilidade. A Virgem Maria, Mãe da Igreja, guarde cada pequena semente de vocação no coração daqueles que o Senhor chama a segui-lo mais de perto.
Dom Alfredo Scháffler - Bispo de Parnaíba, PI
Fonte: CNBB

13 de mai. de 2011

13 DE MAIO, DIA DE N. SRA. DE FÁTIMA.

“Quem pensa que a missão profética de Fátima se concluiu, estaria enganado. A missão da Igreja hoje é mostrar o amor de Deus a uma humanidade disposta a sacrificar seus vínculos mais santos no altar de estreitos egoísmos da nação, etnia, ideologia, grupo, indivíduo.
O homem pode desencadear um ciclo de morte e de terror, mas não consegue interrompê-lo… Na Sagrada Escritura aparece com frequência que Deus está em busca de justos para salvar a cidade dos homens, e o mesmo acontece aqui, em Fátima.
Estreito ao coração todos os seus filhos e filhas, especialmente quantos vivem atribulados ou abandonados, no desejo de comunicar-lhes aquela esperança grande que arde no meu coração e que, em Fátima, se faz encontrar mais sensivelmente.
Sim! O Senhor, a nossa grande esperança, está conosco; no seu amor misericordioso, oferece um futuro ao seu povo: um futuro de comunhão consigo.”
Homilia do Papa Bento XVI (Missa no Santuário de Fátima, Portugal – 13/05/2010)
Fonte: Diocese de Taubaté

7 de mai. de 2011

AS MÃES NA VIDA DA IGREJA.

A Igreja Católica, desde seus primórdios, tem na mãe um amparo seguro para sua fé. O exemplo típico é Maria, a mãe de Jesus, que estava presente junto aos apóstolos no momento em que o Espírito Santo desceu sobre eles no domingo de Pentecostes. O documento de Aparecida diz que “Maria é a presença materna indispensável e decisiva na gestação de um povo de filhos e irmãos, de discípulos e missionários de seu Filho” (nº 524).
A partir de Maria, muitas outras mães marcaram a caminhada da Igreja. Mães do estilo de Santa Mônica que derramou muitas lágrimas para que seu filho abandonasse a vida desregrada que estava levando e se transformasse no grande teólogo e doutor da Igreja, Santo Agostinho. Mães como Santa Rita de Cássia, que sofreu os maus tratos do marido e depois de viúva, entrou para a vida religiosa. Mães do estilo de Santa Isabel de Portugal, que na condição de rainha entregou seus bens pessoais aos necessitados e viveu na pobreza voluntária. Mães de papas, bispos, padres e religiosas. Mães catequistas, animadoras de comunidades e dinamizadoras do serviço da caridade. Mães dedicadas à transmissão da fé para seus filhos e solícitas companheiras para seus consortes, também na motivação para a prática religiosa.
O documento de Aparecida reconhece que as mulheres “constituem, geralmente, a maioria de nossas comunidades. São as primeiras transmissoras da fé e colaboradoras dos pastores”. Por isso, “é urgente valorizar a maternidade como missão excelente das mulheres”. A mãe “é insubstituível no lar, na educação dos filhos e na transmissão da fé” (456).
Por ocasião do Dia das Mães deste ano, queremos manifestar a nossa gratidão às inúmeras mães que assumem a sua fé na família e na comunidade. Queremos manifestar a nossa solidariedade às mães que sofrem por verem seus filhos trilhando o caminho das drogas e da violência. Manifestar o nosso apoio às mães que lutam para que seus filhos desenvolvam autênticos valores de vida e fé. Manifestar o nosso incentivo às mães que se empenham para que, conforme nos alertava a Campanha da Fraternidade, a vida possa continuar a seguir o seu normal rumo idealizado por Deus no momento da criação. Manifestar o nosso reconhecimento às mães que assumem sozinhas a educação dos filhos, pelo fato de terem sido abandonadas ou por terem se tornado viúvas. Manifestar a nossa admiração para com as mães que já são avós, e que tem a graça de conviverem com os filhos dos seus filhos.
Finalmente, queremos parabenizar a todas vocês mães! Que Deus as abençoe e lhes dê muitas alegrias através dos filhos que geraram!
Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano de Santa Cruz do Sul - RS
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À MINHA MÃE, A QUEM EU AMO MUITO, QUE TAMBÉM ASSUMIU A SUA FÉ NA FAMÍLIA E NA COMUNIDADE, SENDO MINHA PRIMEIRA CATEQUISTA E TAMBÉM DE MUITAS CRIANÇAS, QUE ALÉM DE TUDO QUE FEZ POR MIM, DEDICOU-ME TODO O SEU AMOR, E A TODAS AS MÃES, DESEJO UM FELIZ E ABENÇOADO DIA DAS MÃES!

4 de mai. de 2011

ORAÇÃO PEDINDO GRAÇAS POR INTERCESSÃO DO BEATO JOÃO PAULO II.

Ó Trindade Santa, nós Vos agradecemos por ter dado à Igreja o Beato João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor.
Confiando totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna Convosco.
Segundo a Vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no número dos vossos santos.
Amém.

Com a aprovação eclesiástica: AGOSTINO CARD. VALLINI, Vigário Geral de Sua Santidade para a Diocese de Roma.

Comunicar as graças recebidas a:
Postulazione della Causa di Canonizzazione del Beato Giovanni Paolo II
Piazza S. Giovanni in Laterano, 6/a – 00184 Roma
Foto: Grzegorz Galazka
Fonte: Diocese de Taubaté

24 de abr. de 2011

OITAVA DA PÁSCOA.

Os oito primeiros dias do tempo pascal formam a oitava da Páscoa. Seus primórdios, entendidos como um período celebrado com liturgia especial, remontam, no mínimo, ao começo do século IV, e mesmo até à segunda metade do século III, como é fácil de deduzir das homilias recém-descobertas de Astério Sofita sobre os salmos. Astério chama o dia da oitava de “segundo ‘oitavo dia’”.
A liturgia desta oitava era marcada não só pelo mistério pascal, como também pela consideração para com os neobatizados, que durante as celebrações diárias da eucaristia, eram introduzidos mais profundamente nos mistérios dos sacramentos da iniciação recebidos na noite da Páscoa. As homilias pascais de Astério, já mencionadas, podem ser apontadas como o exemplo mais antigo de tais “catequeses mistagógicas” de que temos conhecimento. As mais famosas, entretanto, são as cinco catequeses de Cirilo (João?), bispo de Jerusalém, da segunda metade do século IV, e os escritos “De mysteriis” (Sobre os mistérios) e “De sacramentis” (Sobre os sacramentos), da autoria de Ambrósio. Segundo Agostinho, a oitava da Páscoa é uma “ecclesiae consensio”, um costume unânime da Igreja, tão antigo quanto a Quadragesis (a Quaresma). Os fiéis deviam suspender seus trabalhos nesses dias, e tomar parte nas cerimônias diárias.
Esta semana era chamada antigamente de “semana branca” ou “semana das vestes brancas”. No Oriente é conhecida também como semana da renovação. Inicialmente, ela só terminava no domingo, o qual, por isso, tinha o nome de domingo das vestes brancas (domingo in albis). A partir do século VII, as vestes brancas dos neófitos eram depostas já no sábado, em conseqüência da antecipação da celebração da noite pascal para o Sábado Santo.
REPRESENTAÇÃO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS NA COMUNIDADE SALESIANA DE PINDAMONHANGABA
Os cânticos de entrada da oitava de Páscoa da liturgia romana, executados pelo coro à entrada dos neófitos em vestes brancas, eram enfaticamente sintonizados com a presença dos recém-batizados e proclamavam a salvação por eles recebida. Assim lemos (ainda hoje) na segunda-feira: “O Senhor vos introduziu na terra onde correm leite e mel: e sua lei esteja sempre em vossos lábios, aleluia!”; na terça-feira: “Deu-lhes a água da sabedoria, tornou-se a sua força...”; na quarta-feira: “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino...”; na quinta-feira: “Senhor, todos louvaram, unânimes, a vossa mão vitoriosa...”; na sexta-feira: “O Senhor conduziu o seu povo na esperança e recobriu com o mar seus inimigos”; no sábado: “O Senhor fez seu povo sair com grande júbilo; com gritos de alegria, os seus eleitos, aleluia!”; e por fim, no domingo branco (domingo in albis): “Como crianças, recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia!
Adolf Adam
(in O Ano Litúrgico, Paulinas, 1982, pag. 86-87)
Fonte: CNBB

15 de abr. de 2011

MUSEU DE ARTE SACRA EM TAUBATÉ.

EXPOSIÇÃO "PASSOS DA PAIXÃO".

Inaugurado no dia 4 de dezembro de 2009, o Museu de Arte Sacra de Taubaté é administrado pela Mitra Diocesana da cidade.
Com a proposta de recontar e recriar o passado religioso da Região, o museu tem peças de Taubaté e cidades como São Luiz do Paraitinga e Redenção da Serra.
Entre as obras estão pinturas, esculturas, instrumentos musicais, partituras, acessórios e documentos.
O museu possui também um laboratório de restauro.
Fonte: Guia Taubaté

FOTOS DO MUSEU.




IMAGEM DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - SÉCULO XVIII.

IMAGEM DE SÃO BENEDITO - SÉCULO XVII.

8 de abr. de 2011

COMO RECEBEREMOS O SOL NO DOMINGO DE PÁSCOA?

Estamos utilizando o Amor que Deus nos deu para aliviar a dor dos irmãos?
O que estamos fazendo com os braços fortes que Ele nos deu para levantar os nossos irmãos caídos?
E as mãos perfeitas que Deus nos deu para cuidar dos nossos irmãos doentes, temos utilizado bem ou estamos apenas usando o dedo indicador para mostrar as imperfeições dos irmãos?
Como nós, os nossos irmãos também esperam o Céu!
Até quando insistiremos em não ver a Face de Cristo no rosto dos irmãos?
A cada manhã lembraremos das imagens dos irmãos que sofrem até que consolemos o coração de Jesus ajudando os que precisam de nós!
Onde estão nossos irmãos?!?!
Reflexão sobre a música "Onde está o teu irmão".

2 de abr. de 2011

JEJUM DA INTOLERÂNCIA!

TORRADAS QUEIMADAS.

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. Eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
- Adorei a torrada queimada...
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. Eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro; talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias! O que tenho aprendido através dos anos é que, saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como sua mãe, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar. A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apóia. Eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar; não vai. Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor. De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. Então filho, esforce-se para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida a você e ao próximo.
Autor desconhecido
PARA REFLETIR:
Neste tempo de Quaresma, em que nos dizemos dispostos à conversão do coração, quantas vezes nos deparamos com "torradas", nem tão queimadas assim, e aproveitamos essa falha de alguém para descarregarmos todas as nossas fraquezas e frustações em cima de pessoas que nos querem tão bem? Mais importante até, do que o jejum alimentar, neste tempo quaresmal, é o jejum da intolerência! Abstenhamo-nos da intolerância, sempre, em em todo lugar!
Como nos mostra São Paulo em sua 1ª carta aos Coríntios, "o amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido."

25 de mar. de 2011

O DIA DO SIM!


ANUNCIAÇÃO - LEONARDO DA VINCI
Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.
Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: "A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade."
Com alegria, contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez, escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:
"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’" (cf. Lc 1,26-38).
Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de todos, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o Sim do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: "Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário sim humano, da Virgem Santíssima.
Cumprindo, desta maneira, a profecia de Isaías: "Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:
"Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém."
Fonte: Canção Nova

20 de mar. de 2011

O SENTIDO DA QUARESMA.

Celebrar a Quaresma é reconhecer a presença de Deus na caminhada, no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor da vida do povo! Como o povo de Israel, que andou 40 anos no deserto antes de chegar à terra prometida, terra da promessa onde corre leite e mel. Como Jesus, que passou 40 dias de retiro antes de anunciar a vinda do Reino. Que subiu a Jerusalém para cumprir a missão que o Pai lhe confiou: dar a Sua vida e ser glorificado.
A quaresma é um tempo forte de conversão, de mudança interior, tempo de deixar tudo o que é velho em nós, tempo de assumir tudo o que traz vida para nós, em nossas comunidades e na sociedade. Tempo de graça e salvação, onde nos preparamos para viver, de maneira intensa, livre e amorosa, o momento mais importante do ano litúrgico, da história da salvação, a Páscoa, Aliança definitiva, vitória sobre o pecado, a escravidão e a morte.

SIMÃO DE CIRENE AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ

Para muitos, é apenas um tempo triste em que se canta e medita sobre os sofrimentos de Jesus que morreu pelos pecados da humanidade. Tempo de pedir perdão a Deus e fazer penitência. Todavia, a característica fundamental do tempo quaresmal não é o de ser somente um tempo de jejuns, mortificações e sacrifícios para que os cristãos participem dos sofrimentos de Jesus na Cruz. O que marca a Quaresma é, sobretudo, sua dimensão pascal: caminho para a Páscoa. Comemorando o acontecimento salvador da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, a Igreja celebra o novo nascimento dos que serão batizados, renova a vida dos que foram batizados e a reconciliação dos pecadores arrependidos. Assim, a caminhada quaresmal prepara e ensaia a grande festa da Páscoa. Sem esta ligação, a Quaresma perde sua força espiritual.
A espiritualidade quaresmal é caracterizada também por uma atenta, profunda e prolongada escuta da Palavra de Deus. É esta Palavra que ilumina a vida e chama à conversão, infundindo confiança na misericórdia de Deus. O confronto com o Evangelho ajuda a perceber o mal, o pecado, na perspectiva da Aliança, isto é, a misteriosa relação nupcial de amor entre Deus e o seu povo. Motiva para atitudes de partilha do amor misericordioso e da alegria do Pai com os irmãos que voltam convertidos.
Vamos fazer da Quaresma um tempo favorável de avaliação de nossas opções de vida e linhas de trabalho, para corrigir os erros e aprofundar a vivência da fé, abrindo-nos a Deus, aos outros e realizando ações concretas de fraternidade e de solidariedade.
Fonte: CNBB

11 de mar. de 2011

SAGRADA ESCRITURA, O CAMINHO DA VIDA!

ORAÇÃO E JEJUM.
A oração em segredo ( Mt 6,3-8)
E, quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra em teu quarto e, fechando a porta, ora ao teu Pai ocultamente; e o teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
O jejum em segredo ( Mt 6,16-18)
Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio como fazem os hipócritas, pois eles desfiguram o rosto para que seu jejum seja percebido pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que estás jejuando, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e o teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.

5 de mar. de 2011

CARNAVAL E CINZAS.

Mais uma vez chega o carnaval. E lá vem a mídia falada, escrita e televisiva, bombardear os nossos sentidos com frases e apelos de todo tipo. Ano vai, ano vem e é sempre a mesma rotina. Sexo, desfile de nudez, genitália à mostra e gestos eróticos ensaiados para conquistar a multidão. É nisso que se resume hoje o tão propalado carnaval. Uma festa pagã, culto ao deus “Eros” e à deusa “Afrodite”, como na antiga Grécia.
Você poderá pensar que sou contra o carnaval. Não sou contra o carnaval, mas sou contra aquilo em que transformaram o carnaval, uma festa consumista, onde os mais espertos levam vantagem.
Originalmente o carnaval era uma festa religiosa que antecedia a Quaresma, tempo de oração, meditação e conversão. A palavra carnaval vem do latim “carne vale” e quer dizer festa da carne, ou seja: diversão, brincadeiras, comida à vontade, descontração, para depois enfrentar os 40 dias da Quaresma com austeridade, sem comer carne e com jejuns. Esse era o sentido do carnaval quando foi criado.
Infelizmente, porém, a sociedade de consumo tem a capacidade de desvirtuar tudo, especialmente as festas religiosas. Assim foi com o carnaval, com o Natal e estão tentando fazer o mesmo com a Páscoa.
Nós cristãos não podemos aceitar esse tipo de atitude e entrar na onda também. É claro que nós também podemos nos divertir no carnaval, brincar, dançar, desfilar, desde que seja algo sadio, construtivo, um momento de descontração e convivência fraterna.
Após o carnaval vem a quarta-feira de Cinzas, dia em que começa a Quaresma. Quaresma significa quarenta. São 40 dias que desembocam na Páscoa da Ressurreição. O nome quarta-feira de Cinzas, é por que nesse dia, nas Igrejas, é feita a benção e a imposição das cinzas, que o povo costuma dizer incorretamente, “tomar cinza”. Esse gesto de impor cinza na fronte das pessoas é apenas um sinal que quer nos lembrar que somos criaturas frágeis, finitas, que viemos do pó da terra e para ela voltaremos. Isso do ponto de vista físico. Portanto, a cinza não deve ser buscada como um ato mágico, de alguém que pinta e borda nos 3 dias de carnaval e depois na quarta-feira vai receber a cinza e está tudo certo. Para nós, cristãos, buscar a imposição das cinzas representa um gesto de humildade, de quem se reconhece pecador, finito, mas quer mudar e se prepara durante a Quaresma para renascer com Cristo na Páscoa da Ressurreição.
A propósito, um esclarecimento sobre as cinzas: essa cinza que é colocada na cabeça ou na fronte dos fiéis é obtida queimando-se os ramos bentos guardados do domingo de ramos do ano anterior. O gesto litúrgico das cinzas é este: o ministro ordenado coloca uma pequena quantidade de cinza, com o dedo, na fronte ou na cabeça da pessoa e diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho”ou “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar”.
Diácono Nicola Angelo D'Istefano
Paróquia N. Sra. do Bom Sucesso - Pindamonhangaba - SP

27 de fev. de 2011

Bento XVI diz que fé na Providência não dispensa a árdua luta por uma vida digna.

Na manhã deste domingo, 27, falando a mais de 50 mil fiéis e peregrinos na Praça São Pedro para a oração mariana do Angelus, o papa Bento XVI recordou que, na liturgia de hoje, ecoa uma das palavras mais tocantes da Sagrada Escritura. Diz o livro de Isaías, proclamado na missa deste domingo: “Pode a mãe se esquecer do seu filho, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de você" (Is 49,15).
“Este convite a confiar no amor infalível de Deus é comparado com a página, também muito sugestiva, do Evangelho de Mateus, em que Jesus exorta seus discípulos a confiarem na Providência do Pai celeste, que alimenta as aves do céu e veste os lírios do campo, e conhece todas as nossas necessidades (cf. 6,24-34). Assim diz o Mestre: “Não se preocupem, dizendo: O que comeremos? O que beberemos? O que vestiremos? De todas essas coisas vão em busca os pagãos. O Pai celeste sabe do que vocês necessitam”, disse o papa.
Bento XVI afirmou que, diante da situação de muitas pessoas, próximas ou distantes, que vivem na miséria, esse discurso de Jesus pode parecer pouco realista, ou até mesmo evasivo.
“Na verdade, o Senhor quer deixar bem claro que não se pode servir a dois senhores: Deus e a riqueza. Aqueles que crêem em Deus, Pai cheio de amor pelos seus filhos, dá prioridade à busca de seu reino, da sua vontade. E este é precisamente o oposto do fatalismo ou de um ingênuo irenismo”.
Bento XVI destacou que a “fé na Providência não dispensa a árdua luta por uma vida digna, mas liberta do afã pelas coisas e do medo do amanhã”. Segundo o papa, o cristão se distingue pela absoluta confiança no Pai Celeste, como foi para Jesus.
“É precisamente a relação com Deus Pai que dá sentido à vida de Cristo, às suas palavras, aos seus gestos de salvação, até à sua paixão, morte e ressurreição. Jesus nos mostrou o que significa viver com os pés bem firmes no chão, atento às concretas situações do próximo, e ao mesmo tempo mantendo o coração no céu, imerso na misericórdia de Deus”.
Fonte: CNBB

16 de fev. de 2011

NAS CHAGAS DE CRISTO, AS DORES DO MUNDO!

Qual o sentido da dor humana? Para onde é orientada? Por que o sofrimento? Questões como estas trazem um profundo apelo do ser humano em busca do sentido do viver. Milhões de pessoas padecem toda sorte de dores. Neste momento, em que os olhos do prezado irmão repousam sobre esta reflexão, a estatística mundial contabilizou mais de 6 milhões de mortes apenas ao longo do início de ano até o dia de hoje. Nas cidades uma multidão imensa de pessoas povoa os hospitais em busca de tratamento para suas mais diversas doenças.
O Papa, em sua mensagem para o 16º Dia Mundial do Doente, ensina: “Se todos os homens são nossos irmãos, aquele que é débil, sofredor ou necessitado de cuidado deve estar mais no centro da nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado.”
Zelar dos que se encontram adoecidos constitui um gesto profundamente humano e, ao mesmo tempo, revelador da vocação humana ao amor. Na pessoa do irmão doente se contemplam as dores das chagas do Crucificado: “Todas as vezes que fizerdes isso ao menor dos meus irmãos, é a mim que estareis fazendo” (Mt 25,35).
A reflexão acerca do sofrimento humano, a partir do sentido teológico do sofrimento de Jesus Crucificado, é uma das mais profundas urgências espirituais de que o mundo moderno necessita. Há uma tendência a compreender que a dor constitui algo que deva ser afastado, a todo custo. O grande sonho do ser humano é viver absolutamente imune a qualquer sofrimento. Falta-nos uma compreensão mais aprofundada sobre o sentido do sofrimento humano e a experiência transcendental que ele traz para o ser humano, não obstante o necessário esforço por superá-lo.
A doença é uma experiência profundamente humanizadora do ser humano, desde que acolhida na fé. As debilidades físicas educam para o sentido transcendental da vida humana, sinalizam para o desejo por Deus, abrem no ser humano as portas para que somente Deus lhe baste. Na mensagem, Bento XVI afirma: “O Filho de Deus sofreu, morreu, mas ressuscitou e, exatamente por isso, aquelas chagas tornam-se sinal da nossa redenção, do perdão e da reconciliação com o Pai”. Tornam-se, ainda segundo o magistério papal, um “banco de prova” para a nossa fé, já que para o ser humano quão difícil é aceitar e suportar o sofrimento.
Cristo, que passou pelo mundo fazendo o bem, cura as chagas e as dores do mundo. Na Bíblia, as curas são precedidas por um profundo ato de fé – por uma adesão sincera do coração da pessoa que a busca – em Cristo. Quando olha para os sinais presentes nas mãos do Crucificado, Tomé vê-se curado da cegueira espiritual e proclama: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28).
Na mensagem Urbi et Orbi para a Páscoa do ano de 2007, o papa já disse: “Somente um Deus que nos ama a ponto de carregar sobre si as nossas feridas e a nossa dor, sobretudo a dor inocente, é digno de fé.”
A mensagem anima os doentes a serem testemunhas de Cristo por meio do sofrimento que experimentam e da fé que professam. A Paixão e a Cruz de Jesus, que aparentam ser uma negação da vida, pelo contrário, são a expressão mais elevada e mais intensa do amor de Deus e a fonte de onde brota a vida eterna. Cada doente precisa contemplar a Cruz de Cristo, num ato de profunda espiritualidade, do leito ou do lugar onde se encontra, deixando-se iluminar por ela e encontrando no Crucificado o sentido da estreita participação de si próprio no mistério do amor redentor do Pai. Por Cristo e em Cristo, pela Sua dolorosa Paixão, Deus Pai abraça com piedoso amor o mundo inteiro.
Vivendo na fé e na espiritualidade a experiência da dor, superando-a segundo o querer de Deus, a pessoa se abre a um profundo encontro com aquele donde procede a vida e toda a misericórdia.
Que a Santa Mãe de Deus, Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos doentes, apresente a Cristo todos os doentes que a Ele clamam pela saúde física e mental.
Dom Washington Cruz, CP - Arcebispo metropolitano de Goiânia
Fonte: CNBB

6 de fev. de 2011

TRANSPONDO LIMITES!

A CURA DO CORAÇÃO PARTIDO.
Uma certa médica que usa a arte, entre outras técnicas, na cura de pacientes cancerosos, conta uma história sobre um rapaz que, aos 24 anos de idade, procurou-a depois ter uma das pernas amputada na altura do quadril, a fim de se salvar de um câncer ósseo. No início do trabalho ele tinha um sentimento de injustiça e ódio por todas as pessoas "saudáveis". Parecia-lhe amargamente injusto ter sofrido essa terrível perda tão cedo em sua vida. Sua mágoa e raiva eram tão grandes que foram necessários muitos anos de trabalho para que ele começasse a sair de dentro de si mesmo e a curar-se. Ele precisava curar não apenas o corpo, mas também o coração partido e o espírito ferido.
O rapaz trabalhou com afinco e profundidade, contando sua história, desenhando-a, dedicando uma percepção consciente a toda a sua vida. À medida que vagarosamente se curava, desenvolveu profunda compaixão por outras pessoas em situação semelhante. Começou a ir a hospitais visitar pessoas que também haviam sofrido sérias perdas físicas. Em certa ocasião, contou ele à sua médica, visitou uma jovem cantora que estava tão deprimida pela perda dos seios que nem sequer tinha coragem de olhá-lo nos olhos. As enfermeiras ligaram o rádio, talvez com a esperança de animá-la. O dia estava quente e o rapaz vestia shorts. Finalmente, desesperado para conquistar a atenção da moça, ele desatarraxou a perna artificial e começou a dançar pela sala, numa perna só, estalando os dedos para acompanhar a música. Ela o olhou assombrada, depois caiu na gargalhada e exclamou: "Cara, se você consegue dançar, eu consigo cantar!"
Quando esse rapaz começou a trabalhar com desenhos, no início do tratamento, fez um esboço a lápis de seu próprio corpo na forma de um vaso atravessado de alto a baixo por uma profunda rachadura negra. Desenhou essa rachadura mil vezes, rangendo os dentes de raiva. Muitos anos depois, para encorajá-lo a completar seu processo, a médica mostrou-lhe esses primeiros desenhos. Ele viu o vaso e disse: "Ah, este aqui não está terminado".
Quando ela sugeriu que ele o terminasse, ele correu o dedo ao longo da rachadura e disse: "Olhe, é por aqui que a luz passa". Com um lápis amarelo, desenhou a luz fluindo através da rachadura para dentro do vaso e disse: "O nosso coração pode se fortalecer nos lugares partidos".
Adaptação de texto extraído do livro "Um Caminho com o Coração" - J. Kornfield

28 de jan. de 2011

DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2011.

Foi publicada na última quarta-feira, dia 26 de janeiro, a mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial das Missões 2011, que se realizará no dia 23 de outubro.
O papa reitera na mensagem que a evangelização é uma dimensão essencial da Igreja e uma tarefa urgente hoje, pois a secularização faz com que muitas pessoas vivam como se Deus não existisse.
"O Evangelho não é uma propriedade exclusiva de quem o recebeu, mas um dom a ser partilhado e comunicado", sublinha o papa, reiterando que todo batizado é chamado a levar a todos a Boa Nova do Evangelho.
Bento XVI ressalta que aumenta o número de pessoas que, tendo recebido o anúncio do Evangelho, o esqueceram e abandonaram. "Está em andamento uma mudança cultural, alimentada pela globalização e pelo relativismo, uma mudança que leva a um estilo de vida que exclui a mensagem do Evangelho e exalta a busca do bem-estar, do dinheiro fácil, da carreira e do sucesso como objetivo de vida, mesmo em detrimento dos valores morais", disse.
O Santo Padre convida os fiéis a responderem à vocação missionária, resposta esta essencial para a vida da Igreja. "A obra evangelizadora é essencial para a Igreja e não pode ser considerada simplesmente como uma das várias atividades pastorais".
Referindo-se a Paulo VI, a mensagem ressalta que a animação missionária dá uma atenção particular à
solidariedade. "É inaceitável que a evangelização transcure as questões relativas à promoção humana, justiça e libertação de todas as formas de opressão, obviamente, respeitando a autonomia da esfera política. Ignorar os problemas temporais da humanidade significa esquecer a lição que vem do Evangelho sobre o amor ao próximo que está sofrendo", frisa Bento XVI.
O Dia Mundial das Missões "é um chamado a revigorar em cada pessoa o desejo e a alegria de ir ao encontro da humanidade levando a todos, Cristo", conclui a mensagem.
CNBB/RV

19 de jan. de 2011

O PAÍS DOS POÇOS.

Era o país dos poços. Qualquer visitante que chegasse, enxergaria somente poços grandes, pequenos, feios, lindos, ricos e pobres. Os poços falavam entre si, mas à distância, porque havia terra seca entre um poço e outro. Na realidade, quem falava era a boca do poço, ao nível da terra, e como a boca era oca, o poço dava a sensação de vazio, angústia, criando eco.
Havia poços com bocas muito largas, permitindo receber um monte de coisas inúteis. Quando estas passavam de moda, era só mudar para outras, também inúteis e passageiras. E as bocas continuavam vazias, ressequidas e sedentas, bem como a terra ao seu redor.
No fundo, o poço não estava contente.
E por falar em fundo, a maioria dos poços, entre as frestas deixadas pelas coisas, permitia de vez em quando sentir entre os dedos algo diferente. Eram momentos em que percebiam água no fundo. Diante desta sensação tão rara, alguns até sentiam medo e procuravam evitar o contato com o fundo.
Outros, porque tinham coisas demais, abarrotavam a boca, esqueciam logo a sensação do profundo e se ocupavam novamente com a superfície.
Mas, nesta superfície, às vezes algum poço falava desta experiência diferente, até que houve um poço que, olhando bem para seu interior, entusiasmou-se e quis continuar. Como as coisas que abarrotavam sua boca o incomodavam, procurou libertar-se delas lançando-as corajosamente para longe. Então o silêncio chegou! Ele começou a ouvir o borbulhar da água lá no fundo e sentiu uma paz profunda, viva, duradoura, refrescante e salutar.
Este poço descobriu que a vida se encontra na profundidade de si mesmo e não na multidão de coisas que se acumulam em sua boca. E se tornava mais poço quanto mais profundidade tinha!
Feliz com a descoberta procurou tirar água do seu interior. A água, ao sair, refrescou a terra seca ao seu redor que se tornou fértil e boa. E as flores começaram a brotar.
A notícia se espalhou e as reações foram diversas. Uns se mostraram incrédulos, outros sentiram o impulso por também fazer a experiência do profundo de si mesmo, mas muitos desprezaram a novidade, muito difícil.
Era mais fácil deixar tudo como estava.
Sem dúvidas, alguns resolveram fazer a experiência e começaram a libertar-se dos objetos inúteis que abarrotavam sua boca. Igualmente encontraram água em seu interior. A partir de então, as surpresas aconteceram. Por mais água que se retirasse para regar ao redor, o poço não se esvaziava!
E aprofundando ainda mais, descobriram que eles estavam unidos entre si por algo em comum: a água era a mesma!
E começou uma comunicação profunda porque as paredes dos poços deixaram de ser limites.
Mas, a descoberta mais sensacional, veio depois. A água que lhes dava a vida vinha de um mesmo lugar: o manancial. O manancial estava bastante longe, na montanha que dominava o País dos Poços. Lá estava ela, majestosa, serena, pacífica! E com o segredo da vida em seu interior! A montanha estava sempre lá. Algumas vezes visível entre as nuvens, outras vezes radiante de esplendor.
O manancial não havia sido descoberto antes porque os poços preocupavam-se apenas com sua superfície. A partir da nova descoberta, esforçavam-se por aumentar seu interior, crescendo em profundidade, para que o manancial chegasse mais facilmente a eles. A água que retiravam deles tornou a terra mais bela! Enquanto isso, lá fora, os que não faziam a experiência do profundo continuaram a aumentar sua boca, procurando futilidades.
(Adaptado de "Convivência Cristã", de A. Botana e traduzido por Irmão Silvino Fritzen, FSC)

PARA REFLETIR:
Com qual poço você se identifica hoje?
Você dá mais importância ao superficial, ao passageiro, ou ocupa-se também de buscar a Verdade na profundidade do seu ser?
Tenha coragem de mudar no que for preciso! Não se ocupe tanto das futilidades do dia-a-dia. Arrume tempo para sentir o borbulhar das águas do Manancial da Salvação que quer brotar em você. Não caia na armadilha de brincar de ser cristão, participando das Missas até, mas vivendo a injustiça no seu dia-a-dia. Muitas vezes se cai nessa armadilha sem preceber! Cuidado!
O seu “eu atual” provavelmente não seja o seu “eu ideal”, pois se o fosse você já estaria pronto. E ninguém está pronto, mas em constante processo de crescimento e aperfeiçoamento. Ser tentado a pecar não é pecado. Pecado é ceder à tentação. E você sabe que não se peca apenas por palavras e atos, mas também por pensamentos e omissões. Até Jesus sofreu com as tentações, pois mesmo sendo Divino, era também humano, mas não cedeu. E nós, que muitas vezes caímos, temos sempre a Mão de Deus estendida a nós chamando-nos de volta.
Portanto, não se acomode pensando que é melhor deixar tudo como está porque é mais fácil assim. Pode ser mais fácil agora, mas lembre-se que o caminho para o Pai é o da porta estreita. Jesus não nos oferece a facilidade, mas a Salvação!
Busque o borbulhar da Água Viva na profundidade do seu ser e permita que Ela complete todo o seu interior. Partilhe a Água do Manancial da Salvação! Deixe que a Água Viva que vem do Manancial da Salvação brote em você, transforme você e, através de você, chegue a muitos irmãos. Só deixar que a Água do Manancial da Salvação brote em você não é o suficiente. Não queira se salvar sozinho, pois essa postura não salva ninguém.
Quanto mais Água Viva você partilhar com os irmãos, mais Ela brotará em você. Seja um canal da Graça de Deus! Seja uma ponte entre os irmãos e Deus! Seja um aqueduto que leva a Água do Manancial da Salvação aos que têm sede! Seja, assim, realmente feliz!

18 de jan. de 2011

Planeta Água.

QUE O HOMEM NÃO INSISTA EM OCUPAR O LUGAR QUE É DA NATUREZA PARA QUE A ÁGUA SEJA SÓ BENÇÃO E NÃO FONTE DE TRAGÉDIAS!

14 de jan. de 2011

13/01/2011 - MULHER É RESGATADA POR VIZINHOS DURANTE ENCHENTE.


Imagem impressionante, chocante e comovente! Certamente, Deus estava lá naquele momento dramático para dar força e coragem para essa mulher e para as pessoas que a resgataram. Mas Deus está presente também nos corações dos que não tiveram a possibilidade de resgatar seus parentes e amigos que acabaram sendo levados pelas águas ou soterrados pelos deslizamentos. Rezemos pelas almas dos que se foram e para que Deus console os corações dos que perderam seus entes queridos e não nos esqueçamos de ajudar nossos irmãos que passam por esse momento tão difícil.

13 de jan. de 2011

CNBB DIVULGA NOTA DE SOLIDARIEDADE ÀS VÍTIMAS DAS CHUVAS E LANÇA A CAMPANHA SOS SUDESTE.

Foto: Bruno Domingues/Reuters

“Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos em apuros, mas não desesperançados; derrubados, mas não aniquilados” (2Cor 4,8-9).
O Brasil acompanha com dor, mais uma vez, as tragédias causadas pelas chuvas em vários estados do país, neste início de ano, de maneira especial, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, Sul de Minas, Espírito Santo e São Paulo. Causa-nos tristeza profunda o crescente número de mortos, bem como dos desabrigados que perderam seus entes queridos e assistiram à destruição inclemente de suas casas e de seus bens.
Às vítimas desta dramática situação a CNBB vem manifestar sua solidariedade, ao mesmo tempo em que conclama a sociedade brasileira a intensificar suas doações, a fim de aliviar a dor e reavivar a esperança na certeza da superação de tamanha tragédia. Este gesto será facilitado com a campanha SOS SUDESTE, que a CNBB, juntamente com a Cáritas Brasileira, acaba de lançar apresentando a Conta 1490-8, Agência 1041 - OP. 003 – Caixa Econômica Federal e também a Conta 32.000-5, Agência 3475-4, Banco do Brasil, para doações.
Muitas destas tragédias poderiam ser evitadas ou, pelo menos, minimizadas se ações preventivas fossem tomadas, considerando o histórico de regiões que, ano após ano, vivem o mesmo drama. A CNBB confia, portanto, que as autoridades competentes se comprometam eficazmente na busca de solução para que catástrofes como estas a que assistimos não se repitam, vitimando milhares de pessoas.
Elevamos a Deus nossas preces pelos que morreram e por todos que sofrem com esta tragédia. Que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, venha em socorro de seus filhos e filhas.

Brasília, 13 de janeiro de 2011

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB
Fonte: CNBB

7 de jan. de 2011

SAGRADA ESCRITURA, O CAMINHO DA VIDA! JANEIRO, MÊS DO BATISMO DE JESUS.

A justiça vai ser realizada. Jesus foi da Galiléia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João, e ser batizado por ele. Mas João procurava impedi-lo, dizendo: “Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?” Jesus, porém, lhe respondeu: “Por enquanto deixe como está! Porque devemos cumprir toda a justiça.” E João concordou.
Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. E do céu veio uma voz, dizendo: “Este é o meu Filho amado, que muito me agrada.” (Mt 3, 13-17)
Neste Evangelho, as primeiras palavras de Jesus apresentam o programa de toda a sua vida e ação: cumprir toda a justiça, isto é, realizar plenamente a vontade de Deus e seu projeto salvador.
Fonte: Bíblia Sagrada Edição Pastoral